Mais opções de carros elétricos chegam ao Brasil, ajudando a ampliar o mercado da mobilidade elétrica. Em 2021, por exemplo, havia apenas um modelo elétrico com preço abaixo de R$ 150 mil. Hoje, temos seis opções nessa faixa de preço, mesmo com os reajustes do mercado ao longo de três anos.
Isso se explica pela dinâmica da indústria automotiva com a eletrificação, onde os modelos a combustão ficam mais caros, enquanto os veículos elétricos pouco a pouco vão reduzindo seu custo de produção, o que ajuda a reduzir o preço final. No Brasil, em particular, há outras questões como as margens de lucro e as opções que os fabricantes fazem para alavancar (ou não) as vendas de elétricos.
A chegada das fabricantes chinesas certamente teve um papel crucial para fomentar a concorrência e ajudar a reduzir os preços dos carros elétricos no Brasil. Uma tendência que deve continuar com a previsão de mais lançamentos por aqui. Confira abaixo a lista com os carros elétricos que custam até R$ 150 mil:
Quando foi lançado, o Renault Kwid E-Tech custava R$ 142.990 e, ainda assim, foi o elétrico mais barato do país por um tempo. Na época, brigava somente com o JAC E-JS1 e, um pouco depois, com o iCar. Com a chegada da BYD Dolphin Mini, a francesa respondeu reduzindo o preço do subcompacto. Apesar de ser um pouco maior, conta com uma bateria pequena de 26,7 kWh, o que se traduz em 185 km de autonomia. É bem próximo do irmão com motor a combustão até mesmo nos equipamentos, trazendo seis airbags, sensor de estacionamento traseiro, monitoramento de pressão dos pneus e central multimídia de 7" com Android Auto e Apple CarPlay sem fio.
O BYD Dolphin Mini chegou por R$ 115.800 e causou decepção por conta da expectativa de um valor de entrada mais baixo. De qualquer forma, tem performado bem nas vendas, sem surpreender. Promete eficiência com a bateria de 38,8 kWh que entrega uma autonomia de 280 km pelo Inmetro. Trouxe um padrão de acabamento e oferta de itens inéditos para o segmento: conta com faróis de LED, seis airbags, rodas de liga leve de 16 polegadas, central multimídia de 10,1 polegadas, Apple CarPlay e Android Auto sem fio, controle de cruzeiro, entre outros.
O único carro elétrico da Caoa Chery, o iCar chegou com a proposta de ser totalmente urbano. É um citycar, bem pequeno, com 3,20 metros de comprimento e com somente duas portas. Apesar disso, entrega uma boa autonomia, por usar uma bateria de 30,8 kWh e ser bem leve, podendo rodar por 197 km de acordo com a medição oficial do Inmetro PBEV.
Já foi o mais barato, só que a Renault cortou o preço do Kwid E-Tech e a BYD lançou o Dolphin Mini, fazendo com que o subcompacto ficasse com a 3ª posição do ranking. Apesar do preço, vem bem equipado, com multimídia de 10,25", ar-condicionado automático, carregador de celular por indução, bancos dianteiros com ajuste elétrico, câmera de ré e teto panorâmico. Mas fica devendo mais airbags, contando com somente dois.
O Aya é a porta de entrada no portfólio da Neta. Com dimensões compactas (4,07 metros de comprimento, 1,69 metro de largura e 1,54 metro de altura), o carro elétrico urbano está equipado com um motor elétrico de 70 kW (95 cv) alimentado por uma bateria de 40,7 kWh que garante 263 km de autonomia pelo padrão Inmetro. O modelo de entrada acelera de 0 a 100 km/h em 12 segundos.
A versão mais cara terá pacote completo de recursos de assistência à condução, incluindo piloto automático adaptativo (ACC), frenagem automática de emergência, alerta de colisão frontal, alerta de permanência em faixa, alerta de mudança de faixa e alerta de farol alto. A paleta de cores terá as opções bege, azul, cinza e branco, com interior revestido em branco, preto ou azul/branco.
Já apresentado no Brasil, o modelo de entrada da Neta pode ser reservado em duas versões: Comfort e Luxury, com preços de R$ 124.900 e R$ 134.900, respectivamente.
Desde que fez a transição para vender somente carros elétricos, a JAC sempre tentou ter os veículos mais baratos. O E-JS1 foi um deles, inclusive teve o título de mais barato do país algumas vezes. A chegada do Neta Aya acabou empurrando o hatch para a 5ª colocação. Bem compacto, tem 161 km de autonomia (Inmetro), usando uma bateria de 30,2 kWh. Seguido a velha estratégia dos carros chineses, aposta em um conteúdo mais recheado para um modelo de seu preço, com faróis de LED, multimídia de 10,25", painel de instrumentos digital, sensor de estacionamento, câmera de ré e mais.
Primeiro carro elétrico da GWM no Brasil, ele foi lançado logo na sequência do rival direto BYD Dolphin. Foi uma resposta tão clara que até custa praticamente o mesmo preço. Aposta em um design diferenciado e motor mais potente, de 171 cv. Porém, mesmo com uma bateria de 48 kWh, a autonomia é menor, de 232 km. É equipado com itens como central multimídia de 10,25 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, painel de instrumentos digital de 10,25 polegadas, câmera 360°, sete airbags, frenagem autônoma de emergência, controle de cruzeiro adaptativo, assistente de ponto cego, sistema de som com seis alto-falantes e mais.
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