A Toyota está trabalhando em novidades para o segmento de eletrificados. Durante o encontro do G20 em Foz do Iguaçu, a marca japonesa mostrou o primeiro carro híbrido plug-in flex do Brasil. Essa iniciativa reflete a estratégia da marca japonesa que aposta em biocombustíveis e eletrificação como alternativas para reduzir as emissões de carbono.

Durante o evento, a Toyota destacou a experiência brasileira com biocombustíveis, como o etanol, aliado a motores flex e híbridos flex. Esses modelos, já consolidados no mercado nacional, foram apresentados como exemplos de tecnologias que podem contribuir para a redução da pegada de carbono em outros países. O CEO da Toyota para a América Latina e Caribe, Rafael Chang, ressaltou que a eletrificação, por si só, não será suficiente para conter o aquecimento global, sendo necessária uma abordagem integrada que inclua o uso de combustíveis sustentáveis.

Toyota: biocombustíveis e híbrido plug-in flex
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Para demonstrar uma nova tecnologia, a Toyota apresentou um protótipo da nova geração do Prius. O novo carro híbrido plug-in flex combina um motor a combustão interna flexível com um motor elétrico e uma bateria recarregável em fontes externas. Essa combinação permite que o veículo funcione tanto com eletricidade quanto com biocombustíveis, podendo se tornar uma solução para mercados como o brasileiro, onde o etanol possui uma das menores pegadas de carbono do mundo.

Embora a Toyota não tenha revelado as especificações do Prius PHEV flex, o modelo vendido no exterior está equipado com um motor a gasolina 2.0, que entrega 152 cv e 19,4 kgfm de torque, aliado a um motor elétrico de 163 cv, resultando em uma potência combinada de até 223 cv. A autonomia em modo totalmente elétrico pode chegar a 70 km, graças à bateria de 13,6 kWh. Vale ressaltar que a potência pode ser ainda maior quando abastecido com etanol.

Toyota: biocombustíveis e híbrido plug-in flex
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Além do carro híbrido plug-in, a Toyota apresentou um protótipo de picape movida a biometano, um combustível renovável derivado do biogás produzido a partir de matérias orgânicas, como a cana-de-açúcar. Essa tecnologia tem o potencial de contribuir para a criação de um ecossistema de economia circular, diminuindo a dependência de recursos fósseis e gerando valor sem a produção de resíduos.

A participação da Toyota no G20 incluiu a disponibilização de uma frota de 30 veículos híbridos flex, como o Corolla e o Corolla Cross, para o transporte das delegações internacionais. 

Galeria: Toyota: biocombustíveis e híbrido plug-in flex

A empresa também participou de debates e palestras em parceria com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), discutindo a importância dos biocombustíveis e das tecnologias híbridas para a descarbonização global.

Fonte: Toyota