Fabricante de baterias da GWM encerra operações e projetos na Europa

A chinesa SVolt desistiu de duas gigafábricas na Alemanha e focará apenas em serviços técnicos

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Julio Cesar

Por: Julio Cesar

28 Outubro em 13:55

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Mudança de cenário para investimentos chineses na Europa. A SVolt Energy, fabricante de baterias fundada pela Great Wall Motor (GWM), anunciou que encerrará suas operações comerciais na região, incluindo o cancelamento de dois projetos de gigafábricas na Alemanha.

A medida, que entrará em vigor em 31 de janeiro de 2025, foi motivada pela evolução mais lenta do que o esperado do mercado de veículos elétricos na Europa e pelas dificuldades financeiras enfrentadas pela empresa na China. Esse movimento reflete os desafios econômicos do setor e a necessidade da SVolt em redirecionar suas prioridades para consolidar sua presença em seu mercado doméstico.

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Svolt e suas células de lâmina curta

Os projetos das gigafábricas europeias foram anunciados em 2020 e 2022, prevendo uma planta em Sarre com capacidade de 24 GWh para montagem de módulos e pacotes de baterias, além de uma unidade em Brandemburgo para produção de células, com capacidade anual de 16 GWh. O investimento total para essas instalações estava estimado em 30 bilhões de yuanes (cerca de 3,9 bilhões de euros). Contudo, o aumento dos custos operacionais e os desafios no mercado chinês tornaram o projeto insustentável para a SVolt, um dos maiores fabricantes de baterias da China e atual oitavo colocado no mercado de baterias para veículos, segundo a Aliança Chinesa de Inovação em Baterias Automotivas (CABIA).

Além das operações de fabricação, a SVolt deverá reformular sua atuação europeia, focando em serviços técnicos, engenharia, logística, armazenamento, manutenção e pós-venda. Embora abandone os planos de produção no continente, a empresa pretende continuar atenta a oportunidades estratégicas e de longo prazo na Europa, considerando eventuais novos investimentos no futuro.

Novo Citroën Ë-C3 vem equipado com baterias Svolt

O impacto da saída da SVolt deve se estender a acordos com fabricantes europeus, como a Stellantis, que utilizam suas baterias LFP em modelos como o Citroën ë-C3. No entanto, a empresa afirma que sua decisão de retirada não foi motivada por fatores políticos, como as recentes tarifas da União Europeia sobre veículos elétricos importados da China, mas sim por questões financeiras e operacionais próprias.

A SVolt, que surgiu como uma divisão da GWM em 2018, teve seu crescimento impulsionado pela demanda global por soluções de energia e armazenamento. Apesar da expansão internacional interrompida, a SVolt mantém planos de desenvolvimento na China, incluindo iniciativas para captar novos recursos no mercado doméstico e fortalecer sua posição no setor.

Fonte: CNEVPost