A China teria instruído seus principais fabricantes de automóveis a suspender investimentos em países da União Europeia (UE) que apoiaram as novas super tarifas sobre veículos elétricos importados.
Embora a China tenha começado devagar no mercado de elétricos, seus investimentos na área têm surtido efeito, e os fabricantes do país têm alcançado e até ultrapassado os fabricantes ocidentais rapidamente no desenvolvimento de modelos eletrificados. Diferente de marcas ocidentes, o país da grande muralha trabalha em todos os processos dos seus veículos, desde desenvolvimento, produção e logística, não dependendo de empresas externas ou de outros países.
Recentemente, a União Europeia aprovou super tarifas com ampla margem, mas o padrão de votação refletiu o medo de retaliações. A China já está investigando produtos lácteos e vinhos vindos de países europeus como alvos potenciais para tarifas retaliatórias.
Segundo a agência Reuters, o governo chinês instruiu os fabricantes a reconsiderarem investimentos em países que votaram a favor das tarifas ou se abstiveram. Empresas como BYD, Geely e XPeng estavam planejando construir fábricas na Europa para contornar as tarifas.
A diretriz pode dificultar os planos de investimento em países que apoiaram as tarifas, como França e Itália, reduzindo a competitividade dos fabricantes chineses no mercado europeu e aumentando a tensão comercial entre a China e a União Europeia. A BYD está construindo uma fábrica na Hungria, que votou contra as tarifas, e considera relocar sua sede europeia dos Países Baixos para a Hungria devido a preocupações com custos.
Essa medida é provavelmente apenas o início da resposta da China às tarifas da UE, influenciando a estratégia de investimento de outras empresas chinesas no exterior. As discussões sobre um acordo de preço mínimo para evitar tarifas continuam. A conferir.
Fonte: Reuters e Electrek.co
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