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O que a Fórmula E pode trazer de benefício para os carros elétricos?

Categoria zero emissão testa tecnologias capazes de transformar a mobilidade elétrica

Formula E - contribuições mobilidade elétrica (1)
Foto de: Fórmula E

A Fórmula E está prevista a dar início à sua 11ª temporada, com a primeira etapa marcada para o dia 7 de dezembro no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. Mas, além da emoção das corridas, a categoria elétrica oferece algo mais: um laboratório de inovação que pode impactar diretamente o desenvolvimento de veículos elétricos para as ruas.

O automobilismo sempre foi um campo de testes para novas tecnologias automotivas, e a Fórmula E não é diferente. Apesar de ser uma categoria relativamente jovem, a competição já comprovou ser um terreno fértil para inovações que beneficiem a mobilidade elétrica.

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Foto de: Fórmula E

Na temporada 11, a Fórmula E promete avanços inovadores, que incluem:

  • Velocidade e eficiência : O novo carro atingirá uma velocidade máxima de 200 mph (aproximadamente 322 km/h), sendo o mais rápido da história da categoria. Além disso, ele conta com um motor elétrico que atinge mais de 90% de eficiência, muito superior aos 40% típicos dos motores a combustão.
  • Frenagem regenerativa avançada : Uma frenagem regenerativa de 600 kW é capaz de gerar quase metade da energia necessária para completar uma corrida.
  • Sustentabilidade : O carro Gen3 é o primeiro carro de corrida com emissão zero de carbono, desde a fabricação até o descarte. Materiais reciclados, como fibra de carbono reutilizada e linho, integram o chassi, enquanto a cadeia de suprimentos segue padrões rigorosos, éticos e ambientais.
  • Desenvolvimento de baterias : A Fórmula E investe em práticas sustentáveis ​​para produção de baterias, incluindo uma seleção de fornecedores com base em critérios éticos e ambientais.
  • Carregamento ultrarrápido : Um dos destaques é o desenvolvimento de uma tecnologia de recarga de 600 kW capaz de fornecer energia adicional em apenas 30 segundos.

Além disso, desde a 10ª temporada, a Fórmula E vem testando a tecnologia da recarga rápida. Durante os testes de pré-temporada deste ano, a categoria avaliou o Pit Boost , sistema inovador de recarga que apresentou resultados promissores.

Os testes foram realizados no circuito de Jarama, em Madrid, na Espanha, em uma simulação de corrida. A largada foi organizada em duas fileiras individuais, e os carros utilizaram o novo sistema de tração integral (AWD). Durante as paradas, o Pit Boost foi ativado quando o estado de carga (SOC) da bateria ( Rechargeable Energy Storage System, ou RESS) estava dentro de uma janela operacional específica. O tempo mínimo necessário para a recarga foi de 34 segundos.

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Foto de: Fórmula E

Como funciona o Pit Boost?

O sistema opera com potência limitada a 300 kW, e o estado inicial de carregamento da bateria precisa ser inferior a 60%, conforme as diretrizes fornecidas pela Fortescue Zero, empresa responsável pela tecnologia. Para os testes planejados, o uso do trem de força dianteiro, que habilita o modo de tração nas quatro rodas, foi desativado.

Esses avanços mostram o potencial das tecnologias de recarga rápida para revolucionar o mercado de veículos elétricos. Para efeito de comparação, o Zeekr 001, um dos carros elétricos mais avançados disponíveis no mercado, consegue carregar de 10% a 80% de sua bateria em apenas 11 minutos e 28 segundos, adicionando 473 quilômetros de alcance.

Agora, imagine um futuro em que os carros elétricos sejam carregados tão rapidamente quanto um veículo a combustão é abastecido — um processo que leva cerca de três minutos. A Fórmula E está ajudando a aproximar essa realidade, transformando a mobilidade elétrica em algo cada vez mais eficiente e acessível, ou seja, uma realidade que pode estar mais próxima do que imaginamos.