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GAC chega ao Brasil em 2025 com carros elétricos, híbridos e flex

Parceria com universidades brasileiras e R$ 120 milhões para desenvolver motor híbrido flex nacional

GAC Aion Y Plus
Foto de: GAC

A GAC Motor, uma das maiores montadoras da China, anunciou oficialmente sua chegada ao Brasil em evento oficial com um plano ambicioso que inclui a produção de carros elétricos, híbridos e flex. Com um investimento inicial de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,99 bilhões), a fabricante promete lançar até cinco modelos por ano no mercado brasileiro e construir uma fábrica local com um centro de pesquisa e desenvolvimento. A operação no país começará já no primeiro trimestre de 2025

Cronograma

A GAC pretende iniciar suas vendas no Brasil com veículos importados, enquanto trabalha na estruturação de sua fábrica e na implementação de uma linha de montagem no modelo CKD (desmontado para montagem local). A produção nacional completa está prevista para começar no segundo semestre de 2026.

GAC Aion Y Plus
Foto de: GAC

GAC Aion Y Plus

O lançamento oficial dos primeiros modelos da GAC está programado para o final de fevereiro ou início de março de 2025. Para sustentar essa entrada, a GAC já selecionou 20 concessionárias em cidades estratégicas como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A previsão é de que o número de concessionárias chegue a 30 até 2030 e a 50 no final da década. 

Elétricos, híbridos e flex

Com uma abordagem que busca atender a diferentes perfis de consumidores, a GAC trará ao Brasil veículos das linhas Aion (dedicada a modelos elétricos) e Trumpchi (com motores híbridos e a combustão). Entre os primeiros modelos confirmados estão:

Galeria: GAC Aion Y Plus

  • Aion Y Plus: Um SUV compacto com motor elétrico de 204 cv e autonomia de até 610 km (ciclo chinês). Posicionado como concorrente direto do BYD Yuan Plus, o modelo promete se destacar pela eficiência e tecnologia embarcada.

GAC Aion S Plus

GAC Aion S Plus

  • Aion S Plus: Sedã médio 100% elétrico, equipado com motor de 207 cv e baterias que oferecem autonomia semelhante à do Aion Y Plus. Com dimensões superiores às do Toyota Corolla, o modelo será uma opção para quem busca um sedã elétrico atual.

Galeria: GAC - Modelos 2025

  • GS3 Emzoom: Um SUV compacto com motor 1.5 turbo de 177 cv e câmbio automatizado de dupla embreagem. Embora não tenha eletrificação, o modelo busca competir com SUVs tradicionais como Honda HR-V, Hyundai Creta e Volkswagen T-Cross.

  • Aion Hyper HT: SUV médio com design esportivo e desempenho impressionante, com opções de motorização elétrica de até 340 cv e autonomia máxima de 825 km, dependendo da configuração de bateria.

Investimento em produção nacional e tecnologia

Um dos grandes diferenciais da estratégia da GAC no Brasil é o investimento na produção local e no desenvolvimento de tecnologias adaptadas ao mercado nacional. A montadora destinou R$ 120 milhões para o desenvolvimento de motores híbridos flex, em parceria com três universidades brasileiras: UFSC, UFSM e Unicamp.

A pesquisa será focada em tecnologias que combinem eficiência energética e o uso de combustíveis renováveis, como o etanol. Este movimento posiciona a GAC como uma das primeiras fabricantes chinesas a priorizar a integração de soluções híbridas flex em seu portfólio.

Além disso, a GAC planeja instalar um centro de pesquisa e desenvolvimento em sua futura fábrica, que ainda está em fase de definição do local. Estados como Bahia, Espírito Santo e Amapá estão entre os mais cotados para receber o empreendimento.

Concorrência

A entrada da GAC no Brasil ocorre em um momento de crescimento da presença de montadoras chinesas no mercado local, como BYD e GWM. Embora a marca chegue após suas concorrentes, busca se diferenciar pela estratégia de combinar veículos importados e produção local, além de oferecer um portfólio diversificado com modelos elétricos, híbridos e a combustão.

Além de atender ao mercado brasileiro, a GAC avalia o país como uma base estratégica para exportações, a exemplo de outras montadoras chinesas, como a BYD, por exemplo. A localização geográfica e a infraestrutura brasileira podem facilitar a distribuição de veículos para outros países da América Latina e até mesmo para a África.