BYD anuncia baterias de estado sólido para 2030 nos carros elétricos

A VP Stella Li explica a estratégia da empresa em relação às baterias para carros elétricos

Por: Riccardo Ciriaco

Traduzido por: Julio Cesar

07 Dezembro em 10:15

Compartilhe

Comente

Depois de consolidar sua presença na Europa, a BYD agora se prepara para explorar a próxima fronteira dos carros elétricos: as baterias de estado sólido. "Estamos em uma posição de liderança e seremos os primeiros a comercializá-las", afirmou a vice-presidente Stella Li, em entrevista exclusiva ao Motor1, conduzida pelo diretor Alessandro Lago.

"Verifiquei os programas de pesquisa e desenvolvimento, e os engenheiros preveem que as demonstrações serão apresentadas entre 2027 e 2029", acrescentou Stella Li. Assim, é apenas uma questão de tempo até que tenhamos acesso a veículos elétricos equipados com baterias mais eficientes, capazes de armazenar mais energia, recarregar mais rapidamente, além de serem mais duradouras e seguras.

Compromisso para 2030

"A primeira comercialização ocorrerá em 2030", especifica a 'Dama dos carros elétricos', que acrescenta: "Duvido que esse cronograma possa ser antecipado, porque, ao escolhermos uma bateria, consideramos segurança, durabilidade e capacidade de operar em altas temperaturas. Atualmente, a química de lítio-ferro-fosfato (LFP) é a mais robusta".

O teste? "Temos um procedimento que chamamos de 'penetração de prego'. Eu sempre brinco que é um teste de 'abuso', pois consiste em carregar a bateria completamente e, em seguida, perfurar lentamente a célula com um prego de metal."

"Uma célula de níquel-manganês-cobalto (NCM) explode e pega fogo, enquanto as células LFP não soltam fumaça nem pegam fogo e a temperatura permanece estável. Isso é muito importante, pois significa que nossas baterias funcionam em uma ampla faixa de temperatura, de -30 a 60 graus."

Galeria: BYD Blade Battery

As baterias de estado sólido, no entanto, "não passaram completamente por esses tipos de testes extremos". Resumindo, Stella Li ainda aponta para a química LFP, que "durará mais 15 a 20 anos", tanto porque está mais madura quanto porque, graças aos preços mais baixos, "pode atender a todas as necessidades dos carros elétricos". Em seguida, virá a era do estado sólido para a BYD.