Todo mundo lembra do Corsa. Projeto da Opel, o modelo fez sucesso aqui no Brasil pela marca Chevrolet até ser substituído pelo Onix. A boa notícia é que o Corsa continua bem vivo na Europa e nesta semana foram publicadas as patentes do desenho industrial no INPI. Seria este um sinal para a volta do modelo?
Agora como marca pertencente ao grupo PSA, a Opel desenvolveu a nova geração do Corsa praticamente do zero utilizando a plataforma CMP, a mesma dos novos Peugeot 208 e 2008. Os modelos equipados com motores a combustão também utilizam os mesmos propulsores, ou seja, o 1.2 aspirado de 75 cv nas versões mais básicas, 1.2 turbo de 100 cv nas intermediárias e 130 cv na variante GS Line, além da opção 1.5 diesel de 102 cv.
Outro fato importante e que passa ser uma alternativa bem interessante é a versão puramente elétrica chamada Corsa-e. Ao invés dos propulsores térmicos, traz um motor elétrico que rende potência equivalente a 136 cv e 26,6 kgfm de torque. Com este torque de entrega imediata, a condução se torna bem divertida ao precisar de apenas 8,1 segundos para chegar aos 100 km/h. O hatch também possui um seletor de modo de condução onde permite escolher a configuração esportiva, obviamente com foco no desempenho, e também o modo Eco para utilizar de modo mais eficiente a energia e assim aumentar o range da bateria.
Por falar em bateria, a autonomia total declarada é de bons 337 quilômetros de acordo com a metodologia do procedimento de teste WLTP. De acordo com a Opel, o sistema de carregamento rápido permite alcançar até 80% da carga da bateria de 50 kWh em apenas 30 minutos. Os proprietários têm ainda a possibilidade de monitorar o carregamento através do aplicativo de smartphone "myOpel".
Quem comanda a Opel globalmente é o grupo PSA. No Brasil, possui as operações das marcas Peugeot e Citroen, e segundo seus executivos, o foco agora é concretizar o processo de reestruturação de ambas no mercado brasileiro com mudanças importantes nas duas redes de concessionárias e serviços de pós-venda. Sempre que questionamos sobre a possibilidade da Opel por aqui, a resposta era de que primeiro era preciso "arrumar a casa" das marcas já estabelecidas para então pensar em novos projetos.
O fato é que a eletrificação dos veículos no mundo inteiro é um ponto que, embora não tenha como foco inicial os resultados financeiros, mostra que a montadora também está antenada e já possui soluções. Pensando em um carro elétrico do grupo, faria mais sentido a oferta de um carro com a marca Opel, o que justificaria em parte um valor mais elevado por conta da tecnologia.
De qualquer forma, o registro do desenho industrial mostra que, de uma forma ou de outra, se assegura de que nenhum outro modelo possa ter estilo semelhante por aqui. Também não custa esperar que um modelo de amplo sucesso, e agora com versão 100% elétrica, possa de fato voltar a rodar em ruas brasileiras.
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