Conforme antecipado, a Nissan divulgou nesta quinta-feira (28) seu plano estratégico para os próximos quatro anos. A nova diretriz da marca japonesa inclui uma redução sensível dos custos, reformas estruturais e racionalização da gama global de produtos. Nesse movimento, a eletrificação passa a ocupar um espaço ainda maior no portfólio da marca. 

Principal diretriz do plano, a marca japonesa tem como objetivo atingir uma margem de lucro de 5% e uma participação de mercado global de 6%. Makoto Uchida, CEO da Nissan, diz: "Nosso plano de transformação visa garantir um crescimento consistente em vez de uma expansão excessiva das vendas." 

"Agora, vamos nos concentrar em nossas principais competências e melhorar a qualidade de nossos negócios, mantendo a disciplina financeira e o foco na receita unitária líquida para obter lucratividade. Isso coincide com a restauração da cultura definida como 'Nissan-ness' para uma nova era".

Galeria: Nissan Ariya Concept

Para se tornar mais rentável, a Nissan irá reduzir a capacidade de produção em 20%, um patamar de 5,4 milhões de unidades por ano (80% da capacidade total), sendo que a oferta de modelos também sofrerá uma queda de 20%, de 69 para 55. Isso implica no fechamento das fábricas da Espanha e Indonésia. A empresa também deixará a Coreia do Sul (onde a Renault continuará com sua subsidiária Samsung) e descontinuará a marca Datsun na Rússia.

A reestruturação vai priorizar as operações em mercados chave como Japão, China e Estados Unidos, ao mesmo tempo em que estreita a parceria Renault-Nissan-Mitsubishi para continuar atuando em mercados como a Europa, Sudeste Asiático e América do Sul.

Aumentando a eletrificação

Em termos de lançamentos, a Nissan anuncia a chegada de 12 novos modelos em 18 meses e 8 modelos totalmente elétricos até 2023. O destaque é o SUV elétrico baseado no conceito Ariya, que estreia a plataforma modular elétrica CMF-EV e chegará ao mercado entre 2020 e 2021. A meta é vender 1 milhão de veículos eletrificados em 2023 com percentual em relação ao total das vendas de 60% no Japão, 23% na China e 50% na Europa. 

O sistema híbrido leve e-Power, que estará no renovado Nissan Kicks que chegará ao Brasil em 2021, será expandido para todas as regiões onde a marca atua, com foco nos modelos do segmento B e C.

Nissan Kicks e-Power 2021
Nissan Kicks e-Power 2021

O plano contempla ainda expansão do sistema de condução semi-autônoma Pro Pilot, que será introduzido em 20 modelos em 20 mercados diferentes com a meta de alcançar 1,5 milhão de veículos vendidos com o sistema em 2023.

Galeria: Nissan Kicks e-Power 2021