Byton, que lançaria o SUV M-Byte, suspende operação e dispensa funcionários
Seria a Byton a primeira startup de veículos elétricos vítima da crise do COVID-19?
- Startup é mais uma empresa a sofrer as consequências da crise do Covid-19
- Pré-produção do SUV elétrico M-Byte foi interrompida sem previsão de retomada
- Empresa suspendeu as operações e atividades principais por 6 meses
Ainda atordoados pela crise do COVID-19, recebemos nesta semana a notícia de que a startup Byton suspendeu as operações e afastou a maioria de seus funcionários no mundo inteiro por 6 meses. Apenas uma equipe reduzida seguirá na ativa para a gestão da empresa.
É decepcionante ouvir isso, mas não totalmente surpreendente. A pandemia do coronavírus afetou e continuará afetando toda a indústria automobilística. As startups sem dinheiro, sem nenhuma receita comercial, estão particularmente mais vulneráveis.
Galeria: BYTON M-Byte
Há dois meses, quando informamos que a Byton havia dispensado 50% de seus funcionários nos EUA, a esperança era que a empresa continuasse operando na China. Agora sabemos que isso não está acontecendo. Entramos em contato com um representante da startup e tivemos a seguinte resposta:
"Como em todos os lugares, o COVID-19 apresentou grandes desafios às operações de financiamento e negócios da BYTON. Como resultado, o Conselho de Administração e a administração decidiram que a empresa suspenderá temporariamente suas operações comerciais na China a partir de 1º de julho pelos próximos seis meses. As operações nas outras regiões também foram afetadas. Durante esse período, a maioria dos funcionários na China será afastada, enquanto apenas um pequeno grupo da equipe será contratado para dar suporte a possíveis necessidades administrativas. A gerência e os acionistas da BYTON estão trabalhando em conjunto entre si no roteiro para o desenvolvimento futuro da empresa.
A Byton planejava lançar o SUV M-Byte (aquele com o painel gigante de 48") no mercado chinês até o final de 2020 e, antes da pandemia, todas as indicações eram de que a fábrica e o veículo estavam no caminho certo. Em março, a empresa anunciou que a fábrica voltava a funcionar após uma breve suspensão por causa da pandemia, e eles voltaram a montar o M-Byte de pré-produção para fins de validação.
Encontramos um tweet de 23 de junho na conta @DKurac, alegando boatos de que a Byton devia quatro meses de salários atrasados a funcionários e que a energia havia sido desligada em seus escritórios em Pequim e Xangai, bem como em sua fábrica de Nanjing por causa de contas vencidas. No entanto, não conseguimos comprovar essas alegações.
Continuaremos de olho na situação e relatando quando tivermos mais detalhes. No entanto, por enquanto, a situação não parece nada boa para a Byton e seus colaboradores.
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Investimentos de R$ 6 bi em mobilidade elétrica no Brasil para 2025
Carros elétricos: benefícios para a saúde pública, economia e meio ambiente
Descoberta de lítio na China: 30 milhões de toneladas de novas reservas
BYD Dolphin Mini 2025: preços, versões, motorização e equipamentos
Crise da Volkswagen: fábricas alemãs na mira de montadoras chinesas
Mini Aceman elétrico chega ao Brasil no 1º trimestre de 2025
BYD mantém cronograma para iniciar produção em Camaçari em 2025