Durante uma coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (2) na sede da Honda em Tóquio, a empresa soltou uma bomba. Mencionando os custos cada vez mais altos da competição e os recursos necessários para eletrificar seus carros de rua, anunciou de forma oficial que irá abandonar a F1 no final da temporada de 2021.
A Honda anunciou seu retorno ao Mundial com a McLaren em 2015, mas passou por anos difíceis antes de se acostumar com a complicada tecnologia turbo híbrida dos motores atuais. Apesar do sucesso e a ambição em vencer o campeonato, a preocupação com os crescentes custos de um projeto na F1, significaram que o futuro da empresa no Mundial nunca estiveram garantidos a longo prazo.
"A Honda necessita focar seus recursos corporativos em pesquisa e desenvolvimento nas áreas da unidade de potência futura e tecnologias da energia, incluindo a nova célula de combustível e tecnologias de baterias".
No ano passado, a Honda teve que decidir se seguiria além de seu prazo original, o final de 2020, e estendeu sua participação em apenas um ano. Naquele momento, a Honda explicou que o maior problema era o investimento necessário para tornar seu projeto de motor bem sucedido.
"Começamos a calcular quanto que custaria com o regulamento futuro", disse o diretor da Honda para a F1 Masashi Yamamoto ao Motorsport.com à época. "Notamos que é um momento difícil para as montadoras no momento, por causa da mudança para a eletrificação. Então, estamos analisando os custos de desenvolvimento e promovendo discussões internas".
O fato é que a Honda ainda possui poucos veículos 100% elétricos em comparação com os principais concorrentes, e tem trabalhado paralelamente em diversos projetos de eletrificação. Além de parcerias para desenvolvimento de novos produtos, a marca também aposta na eletrificação com sistemas híbridos, já disponíveis em modelos como o Honda Fit e o City em mercados externos.
Falando especificamente dos carros elétricos a bateria, a marca acabou de apresentar no Salão de Pequim o conceito Honda e:concept, um protótipo de crossover elétrico que terá produção em massa com a pretensão de chegar a diversos mercados globais.
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