De acordo com o Ministério da Economia chinês, em 2021, os subsídios para veículos que por lá são chamados de new energy (elétricos, híbridos plug-in e a células de combustível) serão reduzidos em um quinto em relação aos valores atuais.
A notícia chega logo após as vendas de carros elétricos e híbridos plug-in não apenas se recuperaram, mas terem um aumento expressivo e atingirem um novo recorde mensal em novembro.
Os breves relatos da mídia local dizem que os subsídios para automóveis de passageiros serão 20% menores, enquanto para o transporte público (ônibus, táxis), essa redução ficará em 10%.
A mudança parece razoável e acreditamos que não deva afetar o mercado de forma significativa o suficiente para impedir o seu crescimento, como o corte maior fez em meados de 2019. Os subsídios estatais estarão disponíveis pelo menos até o final de 2022.
Será muito interessante ver se a China continuará a oferecer incentivos para os veículos elétricos com baterias substituíveis (sem limite de preço) mais do que para outros segmentos, uma medida que ajudou significativamente a fabricante local NIO a crescer rapidamente em 2020 - a startup teve forte crescimento nas vendas e já é a quarta empresa automotiva global em valor de mercado, superando a GM.
A China espera emplacar de 1,8 milhões de veículos eletrificados em 2021 (em comparação com 1,3 milhão em 2020) e atingir uma participação de mercado do segmento zero emissões de 20% em 2025 (quase 6% este ano).
Devemos lembrar que os subsídios não são a única ferramenta de apoio à adoção dos veículos plug-in e FCEV, já que a China impôs uma exigência aos fabricantes de obter uma determinada pontuação (número de créditos) para as vendas desses veículos. Este requisito aumentará em 2021 de 12% para 14%.
Fonte: Reuters
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