Graças às normas de emissões cada vez mais rigorosos na Europa, veículos limpos vão ganhando espaço rapidamente no Velho Continente. A norma mais recente, o Euro 6, é tão restrita que até carros a gasolina necessitam de um filtro de partículas, e o padrão Euro 7 (que deve entrar em vigor em 2025-2026) será ainda mais rigoroso.
Por conta disso, os fabricantes terão que encontrar maneiras de tornar os veículos a combustão ainda mais limpos, ou eles podem simplesmente abandoná-los completamente e migrarem 100% para carros elétricos. Isso é o que o diretor de operações da Nissan, Ashwani Gupta, acredita que vai acontecer e também que o Euro 7 irá acelerar exponencialmente a mudança para veículos com zero emissões.
De acordo com a Autocar, Gupta afirmou que:
"Para a Nissan, a eletrificação não é o objetivo, mas deve ser a consequência da escolha do consumidor. Iremos eletrificar toda a nossa linha até o final de 2022, então é o cliente que decidirá qual é a melhor escolha de trem de força. Talvez não esperemos até 2030 porque os clientes vão para a eletrificação 100% na Europa até 2026. Nosso trabalho é trazer um carro elétrico competitivo em termos de custo e desempenho para o cliente, e então o cliente decidirá."
Adicionando impulso extra à migração para os carros elétricos estão as proibições de veículos a combustão anunciadas pelos principais países europeus, bem como outros países ao redor do mundo por volta de 2030. Lembre-se que a maioria dessas proibições não tiveram uma votação oficial pelos parlamentos e estão enfrentando muita oposição (geralmente das próprias montadoras, porque querem prolongar o período de venda de veículos a gasolina/diesel).
Mas, como Gupta apontou, se for mais econômico para os fabricantes de automóveis apenas produzirem carros elétricos em vez de tentar encontrar novas maneiras de tornar seus motores mais limpos, então eles irão aderir a esta ideia.
No momento, fazer carros elétricos ainda é mais caro do que fazer carros a gasolina, mas você pode encontrar uma infinidade de estudos que preveem que o preço das baterias (a principal fonte de custo adicional dos elétricos) irá cair nos próximos anos e, assim, eliminar a diferença existente hoje.
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Fonte: Autocar
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