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África do Sul: mais um BRICS anuncia plano para carros elétricos

Exportador de carros para a UE, país não quer perder mercado e lista 7 pontos estratégicos para veículos verdes

La bandiera del Sud Africa che sventola

Depois de Rússia e Índia anunciaram seus primeiros planos de transição energética para os carros elétricos, agora é a vez de mais um país do BRICS colocar suas intenções na mesa: a África do Sul.

Dentro de um movimento onde os países exportadores também precisam se adaptar à indústria  dos carros com emissão zero, o Departamento de Comércio, Indústria e Concorrência (DTIC) da África do Sul publicou o "Automotive Green Paper on the Advancement of New Energy Vehicles".

O documento demonstra o objetivo de estabelecer uma estratégia de longo prazo que permita ao país acompanhar seus concorrentes no mercado de exportação. Em que pese os riscos econômicos e trabalhistas dessa transição. 

Galeria: BMW iNext - teste na África do Sul

Força sul-africana

Os números não mentem e dar uma olhada neles ajuda a entender a importância da estratégia sul-africana. A indústria automotiva local responde por cerca de 4,9% do PIB e, só no ano passado, respondeu por 19% da produção total da indústria. Um número importante, que teria sido ainda maior se não houvesse a pandemia: a queda em relação a 2019 foi de 28%.

O que a União Europeia tem a ver com tudo isso? 64% dos veículos construídos na África do Sul cruzam as fronteiras do país. Destes, quase 3 em cada 4 são destinados ao Velho Continente, com Japão e Austrália logo em seguida. O primeiro comprador é o Reino Unido, enquanto a Itália é o sexto.  

carro eletrico Africa do Sul

Abaixo, encontram-se algum dados que constam do relatório sobre exportações de veículos da África do Sul. 

  1. Reino Unido: 101.401 (2019), 67.798 (2020)
  2. Alemanha: 37.152 (2019), 25.736 (2020)
  3. Japão: 33.435 (2019), 23.645 (2020)
  4. França: 25.629 (2019), 13.956 (2020)
  5. Austrália: 16.284 (2019), 13.041 (2020)
  6. Itália: 14.624 (2019), 10.546 (2020)

7 diretrizes

No Reino Unido, a venda de carros a combustão será proibida a partir de 2030. Outros estados, com datas de encerramento diferentes, já estão seguindo o exemplo de Londres, como a Espanha, por exemplo. A perspectiva de perder o melhor cliente já seria suficiente para fazer a África do Sul acelerar a sua transição energética.  

Considerando que, dos 380.206 veículos vendidos no mercado doméstico no ano passado, apenas 92 eram elétricos e 232 eram híbridos, o quadro é ainda mais claro. O "Relatório Verde" estabelece, portanto, sete linhas de ação para eletrificar e manter a vantagem nas exportações.

  • criar uma estrutura fiscal e regulatória apropriada para o desenvolvimento automotivo verde
  • apoiar instalações de produção novas e existentes
  • investir em novas tecnologias
  • requalificar trabalhadores e melhorar as habilidades
  • usar tecnologias mais sustentáveis
  • tornar a produção sustentável
  • analisar se a pesquisa e o desenvolvimento são suficientes

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