O Fiat 500 está de volta ao Brasil e, desta vez, como o primeiro carro totalmente elétrico da marca a ser vendido por aqui. Esta nova geração do subcompacto desembarca nas concessionárias importada da Europa, em versão única Icon e por R$ 239.990, valor que o deixa pouco abaixo dos R$ 274 mil cobrados pelo Chevrolet Bolt, porém acima do Renault Zoe (R$ 204.990).
Por este valor e por vir da Europa, com a cotação do euro acima de R$ 6,00, faz sentido que o Fiat 500 seja vendido somente em uma versão e o foco esteja na variante Icon, a mais cara da linha normal (ainda tem variantes especiais como a La Prima). Estará disponível em 10 pontos de venda em 9 cidades: Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.
Embora tenha crescido um pouco, para acomodar as novas baterias, o novo 500 elétrico não abandonou a sua essência, continuando a ser bem diminuto. Tem 3,63 metros de comprimento, 1,68 m de largura, 1,52 m de altura e 2,32 m de entre-eixos, o que dá espaço para duas pessoas e, no máximo, duas crianças nos bancos traseiros. E é um dos raros carros ainda vendidos na Europa com duas portas.
Visualmente, é uma evolução da geração anterior, adotando faróis em LED que são divididos no meio pela linha do capô e usando uma frente fechada ao invés de contar com uma grade. Isso é o suficiente para que seja fácil reconhecê-lo nas ruas. Na traseira é um pouco mais complicado, pois manteve o estilo geral até mesmo para as lanternas, que adotam linhas em LED, mudando somente no para-choque.
Do lado de dentro, é outro carro e com um aspecto bem mais moderno. Começa pela adoção de um novo volante, mais fino e com um desenho diferente. Logo atrás está um painel de instrumentos totalmente digital de 7”, enquanto a central multimídia é de 10,25” na versão Icon (as mais básicas usam uma tela de 7”). O minimalismo é bem forte no 500, com uma quantidade pequenas de botões para o ar-condicionado e para a transmissão (que não usa uma alavanca).
É equipado com um motor de 118 cv e 22,4 kgfm de torque, abastecido por um conjunto de baterias de 42 kWh. Pelo teste de rendimento oficial feito na Europa, o subcompacto tem uma autonomia de 320 km, enquanto a Fiat diz que pode chegar a 460 km no uso urbano, dependendo de como for guiado (o equivalente a 62 km/litro). A marca ainda afirma que o hatch acelera de 0 a 50 km/h em 3,1 segundos, 0 a 100 km/h em 9 s e tem uma velocidade máxima de 150 km/h, limitada eletronicamente para ajudar a segurar a autonomia.
Na hora de recarregar a bateria, o proprietário pode usar uma tomada comum 110V ou 220V para uma recarga em 24 e 14 horas, respectivamente. Usando um Wallbox, este tempo cai para 4 horas. As estações de 85 kW disponíveis na Europa permitem recuperar 80% da carga total em 35 minutos ou 50 km de autonomia em 5 minutos. Como todo carro elétrico europeu, utiliza uma tomada Combo CCS Tipo 2, que é a que está sendo mais usada nos pontos de recarga rápida no Brasil.
O carro conta com três modos de condução: Normal, Range e Sherpa. Ao selecionar o modo Range, o 500 trabalha somente com o pedal do acelerador, fazendo uma frenagem quase completa ao tirar o pé do pedal, porém sem retirar o uso de algumas funções. Já o modo Sherpa é o que limita todo o veículo, desligando até o ar-condicionado e impedindo que a velocidade passe de 80 km/h – é para aquela emergência em que a carga está acabando e falta mais um pouco para chegar no próximo posto de recarga.
Por ser uma das versões mais caras, o 500 Icon vem com faróis full-LED, rodas de liga leve de 16”, controle de cruzeiro adaptativo, assistente de permanência em faixa, frenagem automática de emergência, Android Auto e Apple CarPlay sem fio, câmera 360°, sensor de ponto cego, sistema de som com 6 alto-falantes, acabamento com couro ecológico e mais.
O Fiat 500 Icon chega por R$ 239.990 é o primeiro dos carros eletrificados que a marca trará ao Brasil neste ano. O próximo será o Peugeot 208, que deveria ter iniciado as vendas em julho e acabou atrasando. Ainda para este ano veremos o Jeep Compass 4xe, variante híbrida plug-in do SUV, enquanto o Renegade 4xe segue incerto – se continuar nos planos da marca, será somente para 2022.
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