A startup chinesa de veículos elétricos NIO, que se posiciona como uma marca premium, quer dar um novo passo e intensifica os esforços para começar a produzir carros elétricos para o mercado de massa sob uma nova marca a ser criada.
Pelo menos esse é o pensamento do CEO da NIO, William Li, que disse na semana passada que uma "equipe principal" foi montada como um "primeiro passo de uma iniciativa estratégica."
"A relação entre a NIO e nossa nova marca de mercado de massa será como a da Audi-Volkswagen e Lexus-Toyota", disse Li, sem falar sobre preços. Os modelos atuais da Nio, o ES6, um SUV de médio porte, o EC6, um SUV-cupê de médio porte e o ES8, um SUV grande, têm preços acima de 300.000 yuans (cerca de US$ 46.500) no mercado doméstico da empresa.
Também conhecida como a Tesla chinesa, a NIO planeja minar os carros da Tesla no maior mercado de automóveis do mundo com sua nova marca. "Queremos fornecer produtos e serviços melhores a preços inferiores aos da Tesla Inc", acrescentou Li.
O executivo também deixou claro que a nova marca não iria brigar no segmento de mini carros elétricos urbanos, onde estão modelos como o Wuling Hong Guang Mini EV, que custa a partir de 28.800 yuans (US$ 4.450).
A Nio planeja entregar três novos carros elétricos no próximo ano, incluindo seu primeiro sedã, o ET7. Apresentado pela primeira vez em janeiro de 2021, o sedã do porte do Tesla Model S começará a chegar aos clientes em 2022, o que significa que a Nio não terá nenhum lançamento de novos produtos este ano. Li não forneceu detalhes sobre os outros dois modelos planejados para 2022, mas disse que eles seriam desenvolvidos na nova plataforma de produtos da Nio.
A empresa, que tem entre seus maiores acionistas o CEO William Li (10%), Tencent Holdings Limited (8,3%) e Baillie Gifford & Co (6,6%), abriu um escritório no exterior na Noruega em maio e já despachou um primeiro lote de SUVs ES8 para lá no mês passado. As entregas locais estão previstas para começar em setembro.
A NIO constrói seus três modelos de SUVs na cidade de Hefei, no leste do país, e planeja expandir a base de produção por lá. A empresa entregou 21.879 veículos na China no segundo trimestre, ante 10.331 unidades no mesmo período do ano passado. No entanto, a startup relatou um prejuízo de 659,3 milhões de yuans (US$ 101,8 milhões) no segundo trimestre, um número 45,4% menor do que no ano anterior, o que indica que a empresa deve sair do vermelho em breve.
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Fonte: Reuters via Autoblog
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