A Renault anuncia que será uma marca exclusiva de carros elétricos em 2030, ao menos na Europa. A declaração foi dada por Luca De Meo, CEO do grupo e responsável pelo último capítulo dessa trajetória rumo à emissão zero iniciada em 2021 ao grito de Renaulution.
O CEO da marca do losango revelou suas intenções de encerrar a venda de carros com motor a combustão dentro de uma década (no Velho Continente) durante um evento com jornalistas, realizado hoje no centro técnico da empresa que fica nos arredores de Paris.
"Na Europa, a Renault será uma marca 100% elétrica em 2030", disse De Meo, que então explicou que o grupo provavelmente continuará a vender carros a gasolina mesmo depois dessa data, mas apenas em certos mercados e provavelmente apenas sob a marca Dacia. As últimas declarações, relatadas pela Automotive News Europe, casam com o que já foi dito em julho passado, segundo o qual o grupo Renault iria se tornar 90% elétrico até o final de 2030.
"Temos um plano B" – acrescentou o número um da marca, pois a Dacia vai se eletrificar o mais tarde possível para manter sua natureza de marca acessível e com a melhor relação possível entre custo e benefício.
Isso significa que, se a União Europeia confirmar sua intenção de interromper a venda de carros com motores de combustão interna até 2035, a Dacia, que já conta com o Dacia Spring (Kwid elétrico), também manterá os modelos a gasolina (certamente híbridos) no portfólio até essa data.
De Meo também acrescentou: "Temos a obrigação de participar da transição energética que levará a uma Europa de emissão zero". O primeiro passo deste novo caminho é representado pelo Megane E-Tech Electric, antecipado no Salão de Munique e que agora começa a ser vendido na Europa.
Ele se junta aos carros elétricos da marca que estão no mercado há algum tempo, como o Zoe e o mais recente Twingo, e em breve terá o companhia também dos futuros Renault 5 e Renault 4 e mais outros dois modelos que chegarão ao mercado em 2025.
A decisão de se tornar uma marca totalmente elétrica até 2030 une a Renault a outros fabricantes que já tomaram uma decisão semelhante. Como por exemplo a Ford e a Stellantis.
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