Após marcar presença no Salão de Munique, em setembro, o BMW iX5 Hydrogen, versão movida a células de combustível de hidrogênio do SUV X5, seguiu para o círculo polar ártico em Arjeplog, Suécia, palco de testes dinâmicos extremos da BMW.

Segundo o comunicado, a BMW afirma que o iX5 Hydrogen está passando por um programa de testes em condições climáticas extremas. Isso envolve testes funcionais integrados e a validação do sistema de células de combustível, tanques de hidrogênio, bateria e unidade central de controle de veículos.

Galeria: BMW iX5 a hidrogênio - teste na neve

Como já foi dito, a BMW tem como objetivo produzir uma pequena série do modelo no final do ano e também está comprometida em ajudar a expandir a rede de estações de abastecimento de hidrogênio.

"Os testes de inverno em condições extremas mostram claramente que o BMW iX5 Hydrogen também pode oferecer desempenho total em temperaturas de -20°C e, portanto, representa uma alternativa viável a um veículo movido a um sistema de acionamento elétrico a bateria", diz Frank Weber, Membro do Conselho de Administração da BMW AG, Development. 

"Para podermos oferecer aos nossos clientes um sistema de acionamento de células de combustível como uma solução de mobilidade sustentável atraente, uma infraestrutura de hidrogênio suficientemente extensa também precisa estar em vigor."

O BMW iX5 possui um sistema de propulsão que usa hidrogênio como combustível, convertendo-o em eletricidade na célula de combustível e fornecendo uma potência elétrica de até 125 kW (170 cv). Vale lembrar que o veículo gera apenas vapor de água, com zero emissões de CO2.

O motor atua como um gerador nas fases de desaceleração e frenagem, alimentando a bateria. A energia armazenada na bateria também é liberada durante a condução de forma mais esportiva, proporcionando uma potência total de 275 kW (374 cv).

Galeria: BMW iX5 a hidrogênio

O hidrogênio é armazenado em dois tanques de fibra de carbono (CFRP), que juntos comportam quase seis quilos do gás e levam no máximo quatro minutos para serem cheios por completo.

A neve forte e os pisos recobertos de gelo de Arjeplog trazem desafios para o acerto de sistemas eletrônicos de controle, tração integral, suspensão e direção, sem falar na resistência dos componentes de motor e bateria em ambientes de baixíssima temperatura.