Depois da divulgação da pré-venda, o Mercedes-AMG EQC 53 começa a chegar aos 13 concessionários da marca que estão preparados para a venda de modelos 100% elétricos. O sedã veio ao Brasil em sua versão mais potente disponível e tivemos nosso primeiro contato e uma rápida impressão ao volante do carro elétrico de R$ 1.350.900.
O EQS é o primeiro Mercedes-Benz a adotar a plataforma dedicada a elétricos, a Modular Electric Architecture, ou MEA. É o primeiro a chegar ao Brasil também com ela, mas o EQS deverá ser apenas uma das novidades para 2023 entre os elétricos da empresa - este ano, EQA e EQB estão praticamente confirmados. Apesar de diversas opções de motorizações e versões, o EQS chega ao nosso mercado assinado como um AMG, a divisão de esportivos.
O EQS 53 é o mais potente dos EQS. São dois motores elétricos, um em cada eixo, com 658 cv e 96,9 kgfm de torque "de série". Isso pois, por R$ 59.913, há um pacote AMG Dynamic Plus que aumenta esses números para 761 cv e 104 kgfm, reduzindo o 0 a 100 km/h de 3,8 segundos para 3,4 segundos, com velocidade máxima de 220 km/h para 250 km/h, limitada eletronicamente.
O sedã de 5,22 m de comprimento impressiona pelo visual. A frente curta, com um capô que só pode ser aberto em concessionários, conversa com o caimento cupê da traseira. É bonito, ainda mais com as rodas que variam de 21" a 22", dependendo da sua escolha e bolso, já que um jogo chega aos R$ 35.148. No entre-eixos de 3,21 m, um conjunto de baterias com 12 módulos, 400 volts e capacidade de 120 kWh, ou 107,8 kWh úteis, a maior bateria em um carro de produção disponível no Brasil.
Segundo a Mercedes-Benz, isso dá ao EQS uma autonomia de 526 a 580 km. A capacidade de recarga em AC é de 11 kW, enquanto em DC vai aos 207 kW, o que o leva de 10 a 80% em 31 minutos, ou 300 km em 19 minutos. Em wallbox AC, são 10 horas de 0 a 100%, inclusive o que está incluso na compra do carro.
O acabamento é de primeira. Assinado pela AMG, mistura tecidos, fibra de carbono e couro, com bancos iluminados por LEDs, alumínio e diversos materiais que variam de nobres a plásticos reciclados, uma tendência sustentável, inclusive presente na estrutura do EQS, feito 80% de aços reciclados. No painel, o que parece uma tela só, são três telas, sendo o painel de instrumentos em 12,8", a central de 17,7" e a para o passageiro, que pode controlar diversas funções do carro e ter um fone bluetooth dedicado, 12,8", todas de alta definição. É o MBUX Hyperscreen.
A lista de equipamentos é bem recheada, como esperamos de um carro nesse valor. Suspensão adaptativa a ar, eixo traseiro direcional em 10º, piloto automático adaptativo, assistente de faixas, alerta de colisão, sistema de som Burmester de alta definição, iluminação em LEDs para identificar um carro da linha EQ na dianteira e traseira e o luxo do acabamento de design de um modelo S da Mercedes-Benz. Gostou? De 3 a 6 meses para chegar o seu customizado, ou a "sorte" de achar um na concessionária a pronta entrega.
O contato com o Mercedes EQS foi rápido, mas deu para perceber um sedã bem confortável. O espaço chama a atenção, principalmente no banco traseiro, um ponto que é negativo nos seus dois principais concorrentes, os primos Audi RS e-Tron GT e Porsche Taycan. O painel é um pouco alto demais, mas regular o banco ajuda bastante nessa parte.
A suspensão roda suave, quieta e confortável. Adaptativa, basta selecionar um modo de condução mais esportivo para perceber a mudança, assim como um ronco virtual para dar uma animada no tão silencioso carro elétrico. Tem o conforto de um Classe S, mas os 761 cv da unidade com o pacote AMG opcional dá a ele uma aceleração para desafiar qualquer AMG a combustão que possa não achar isso interessante. Faremos um teste completo em breve.
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