A ofensiva da Mercedes-Benz com os carros elétricos a bateria está começando a dar resultados. Na conferência de resultados da empresa realizada nesta quarta-feira (27), o CFO da Mercedes, Harald Wilhelm, revelou que o EQE já tem uma margem de lucro equivalente ao Classe E com motor a combustão.

Wilhelm disse: "Neste momento, a margem EQE está no mesmo ponto da margem do Classe E", de acordo com o Automotive News Europe. E tem mais: o executivo acrescentou que o EQE pode até ser mais lucrativo que o Classe E.

Pra começar, vale destacar que há uma diferença considerável de preço entre os dois, com o Classe E começando em US$ 55.000 nos Estados Unidos. A Mercedes não revelou os preços do EQE para a América do Norte, mas ele começa na casa dos US$ 70.800 na Europa – uma diferença de preço de US$ 16.000 que provavelmente está ajudando o EQE a igualar o lucro do seu equivalente a combustão.

Embora isso seja uma boa notícia para o EQE, o irmão maior EQS ainda não está tão bem. Wilhelm disse que as margens de lucro para o luxuoso sedã elétrico se aproximam do Classe S, mas os números estão melhorando, enquanto o EQE está mais próximo de seu irmão a combustão.

A Mercedes não tem planos de retardar o cronograma de lançamento de carros elétricos. A empresa planeja aumentar as vendas de veículos elétricos a bateria (BEV) em comparação aos híbridos plug-in no segundo semestre do ano.

Durante a conferência, o CEO da Mercedes, Ola Kallenius, disse que pretende que 50% das vendas de carros eletrificados da empresa sejam BEVs, priorizando-os sobre os híbridos plug-in. O novo EQE e o EQS SUV ajudarão a empresa a alcançar esse objetivo.

Os veículos elétricos a bateria ainda têm obstáculos a serem superados antes da adoção em massa acontecer. O primeiro é o custo. Os veículos elétricos ainda são caros para os consumidores, mas também são caros para serem produzidos. No entanto, os custos de produção e os preços estão caindo, e as margens de lucro estão subindo como resultado disso.

Os carros elétricos ainda estão a anos de atingir a paridade de custos com os veículos a combustão, mas a lacuna está diminuindo. Algumas montadoras acreditam que a paridade de custos está a apenas alguns anos de distância, enquanto outras prevêem que a igualdade entre os dois acontecerá na segunda metade desta década. Tanto os custos quanto os preços estão caindo, o que deve ser uma grande vitória para os consumidores.