A Europa continua sendo uma boa referência quando o assunto é tecnologia no segmento ferroviário. Recentemente, a Renfe, operadora pública da rede ferroviária espanhola, anunciou que seu conselho aprovou um contrato com a fabricante CAF (Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles) para o fornecimento de trens elétricos a bateria.
Segundo o comunicado oficial da CAF, a operação envolve a cifra de 300 milhões de euros e contempla 28 trens elétricos destinados aos serviços de transporte de média distância. O contrato também inclui o fornecimento peças de reposição correspondentes, bem como serviços de manutenção para 17 dessas unidades por um período de 15 anos e deixa em aberto a possibilidade de expansão futura, incluindo a fabricação de até 42 trens adicionais.
Este acordo está inserido em um plano de investimento da Renfe, que inclui a modernização de parte significativa da sua frota de trens, bem como a opção por unidades mais amigáveis ao meio ambiente, a fim de alcançar um sistema de transporte mais sustentável. Ao mesmo tempo, representa uma oportunidade para a CAF aprimorar sua tecnologia e colocar no mercado trens mais avançados.
O trem elétrico a bateria da CAF atinge velocidade máxima de 200 km/h, que o credencia a percorrer curtas distâncias de forma autônoma, ou seja, em trechos da rede onde não há catenária ou quando ocorre um corte de energia, por exemplo.
Outra alternativa que já está sendo usada na Europa é o trem elétrico equipado com célula de combustível. Produzido pela concorrente francesa Alstom, o Coradia iLint é o primeiro trem regional de passageiros do mundo equipado com células de combustível, que convertem hidrogênio e oxigênio em eletricidade. Ele foi projetado especificamente para uso em linhas não eletrificadas e tem autonomia de 1.000 quilômetros, muito semelhante ao dos trens a diesel.
Estudos recentes, como o realizado pela Associação Alemã de Tecnologias Elétricas, Eletrônicas e de Informação (VDE), financiado pelo governo alemão, indicam que ao longo de 30 anos de vida útil os trens elétricos a bateria podem ter custo até 35% inferior se comparados às unidades movidas a hidrogênio.
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