A Seres se prepara para começar a vender veículos elétricos no Brasil a partir de março. Sediada nos Estados Unidos e formada com investimentos de duas empresas automotivas chinesas, a montadora irá oferecer modelos de passeio e comerciais leves em uma operação local independente.
Batizada de Seres Brasil, a operação está sendo orientada pelo consultor Cássio Pagliarini, um executivo com larga experiência na indústria, e colocará à venda 4 modelos neste primeiro momento:
- Seres 3 (SUV compacto)
- Seres 5 (SUV médio)
- Seres EC31 (caminhão baú)
- Seres EC35 (furgão elétrico)
Galeria: Seres 3
Seres 3
O Seres 3 é um SUV elétrico compacto que mede 4,38 metros de comprimento e está equipado com um motor elétrico no eixo traseiro de 120 kW (163 cv) de potência e 30,6 kgfm de torque, suficiente para uma aceleração de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos e velocidade máxima de 160 km/h.
Alimentado por uma bateria de 53 kWh, o modelo tem autonomia declarada de 300 km pelo ciclo WLTP - ainda não foram divulgados os dados pelo Inmetro. Em um carregador residencial de 7 kW é possível recarregar de 0 a 100% em 7,6 horas, ou 38 minutos para recuperar de 20 a 80% em um eletroposto com 50 kW de potência.
Galeria: Seres 5 (2023)
Seres 5 EVR
Modelo carro-chefe, segundo a empresa, o Seres 5 EVR é um SUV elétrico de médio porte que mede 4,70 metros de comprimento e possui duas opções de propulsão: tração traseira 2WD ou tração integral 4WD, a primeira com 255 kW (347 cv) e 52 kgfm e a segunda com 405 cv kW (550 cv) e 83 kgfm. A aceleração de 0 a 100 km/h é de 6,8 segundos e 4,6 segundos, com velocidades máximas de 180 km e 210 km, respectivamente.
Ambos são equipados com uma bateria de 35 kWh e extensor de alcance, sendo que a Seres divulga autonomia combinada de 1.000 km e de 180 km exclusivamente com a bateria, sempre pelo ciclo NEDC e para os dois modelos.
O tempo de recarga em um carregador doméstico do tipo wallbox com 7 kW é de 3,6 horas (21 - 90%), tempo que cai para 36 minutos (20 - 80%) em uma estação pública de 35 kWh.
Seres EC31 e EC35
A linha de veículos elétricos comerciais contará com dois modelos: o caminhão EC31 e o furgão EC35, ambos equipados com um motor elétrico montado no eixo traseiro de 81 cv de potência e 20,4 kgfm de torque. Alimentados por uma bateria de 41 kWh, a autonomia é de cerca de 300 km pelo ciclo NEDC, que é mais otimista em comparação ao padrão WLTP.
Os veículos comerciais leves são equipados com direção elétrica, ar-condicionado, freios ABS, aviso sonoro para pedestres, radar, câmera de ré, retrovisores com ajustes elétricos, tela de controle central e vidros elétricos.
Em entrevista para o site Mobilidade Estadão, Pagliarin disse que não haverá um grande volume de vendas nesse primeiro momento. Na ocasião, o executivo adiantou os preços que serão praticados no Brasil para os modelos do primeiro lote, que já estão no país para homologação e começam a ser entregues nas próximas semanas.
Preços:
- Seres 3: R$ 240.000
- Seres 5 EVR: R$ 440.000
- Seres EC31: R$ 239.900
- Seres EC35: R$ 229.900
Com preços a partir de R$ 240 mil, o Seres 3 deve ser o SUV elétrico mais barato à venda no Brasil, ficando abaixo de modelos como o JAC e-JS4 (R$ 242.900) e Peugeot e-2008 (R$ 259.000), lembrando que os preços dos concorrentes podem sofrer alteração até a chegada das primeiras unidades.
De acordo com o comunicado oficial, os primeiros modelos da marca a serem comercializados no Brasil serão o caminhão elétrico EC31 e o furgão elétrico EC35, além do Seres 3, disponíveis a partir de março. Mais adiante, será a vez da linha Seres 5 EVR, que chegará em junho.
Reestruturação recente
Com uma reestruturação que passou pela parceria tecnológica com a Huawei, a Seres anunciou um investimento de US$ 10 bilhões em pesquisa e desenvolvimento para os próximos seis anos. Ao todo, são seis fábricas na China com capacidade para produzir 550.000 unidades por ano entre carros elétricos de passeio e veículos elétricos comerciais da linhas Seres 3, Seres 5, EC31 e EC35. Para o Brasil, o volume inicial estimado é de modestas 600 unidades neste primeiro ano.
Fonte: Mobilidade Estadão
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