A China é um dos países com crescimento mais rápido nas vendas de carros elétricos, mas ao mesmo tempo isso implica em novos desafios inerentes à transição energética. O tema foi alvo de discussão no Forum China Electric Vehicle.
No evento, Wan Gang, presidente da Associação Chinesa de Ciência e Tecnologia, fez um discurso de abertura que pode ser traduzido como "Uma nova jornada para a indústria automotiva da China".
Em sua apresentação, Wan disse que a indústria automotiva de veículos New Energy (100% elétricos, híbridos plug-in e FCEV) entrou em um período de forte expansão orientado para o mercado interno e já atingiu a meta prevista para 2025. No entanto, para continuar avançando, o especialista enxerga quatro desafios principais.
Ele elenca pontos-chave que devem ser perseguidos para a continuidade da transição energética na China, mas com exemplos que podem ser aproveitados em outros mercados.
Confira abaixo:
Além disso, Wan também sugeriu que a China deveria estabelecer um novo sistema operacional independente para veículos elétricos, o que inclui uma arquitetura do sistema de software subjacente, o software principal, o middleware, a camada do motorista, e as funções expandindas e etc., para que possa realmente alcançar a interconexão de energia do veículo, a colaboração na nuvem e a integração veículo-estrada.
Enquanto os carros elétricos se consolidam como dominantes entre os eletrificados (New Energy), o especialista chinês enxerga que ainda existe demanda por motores de combustão, que se traduzem nas vendas de modelos híbridos plug-in de alcance estendido: eles atingirão nos anos seguintes 5,7% de participação geral no mercado e responderão por 20% das vendas de eletrificados plug-in.
Falando de condução autônoma, Wan defende a construção de uma base de testes e avaliação quantitativa totalmente fechada e multicenário (vias urbanas, estradas rurais, autopistas) para veículos inteligentes conectados em rede. Isso permitiria agrupar informações para realmente garantir a segurança da condução autônoma.
Em suas considerações, o especialista em mobilidade pediu para que todos os envolvidos na cadeia da indústria trabalhem em estreita colaboração para atender à demanda do mercado de veículos eletrificados, fortalecendo a pesquisa, promovendo o desenvolvimento coordenado de motores de combustão interna e propulsão elétrica, acelerando a promoção e aplicação de veículos comerciais de célula de combustível para fins regionais, e por fim, promover a integração da solução veículo-energia-estrada-nuvem, promover o impulso das indústrias verdes e de baixo carbono.
Fonte: AutoHome
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Novo GAC Aion UT: hatch elétrico faz estreia oficial e pode vir ao Brasil
O que a Fórmula E pode trazer de benefício para os carros elétricos?
Mais de 50% dos motoristas esperam ter um carro elétrico em 10 Anos
Abarth irá focar em carros elétricos na Europa; Brasil é dúvida
Polestar 3 2025 chega ao mercado mais barato e com maior alcance
China e União Europeia podem chegar a acordo sobre carros elétricos
Novo Porsche Taycan GTS é muito mais potente e vai a 690 cv