O mercado premium é o que mais consome carros elétricos no Brasil. Mesmo com a chegada das opções mais baratas, ainda vemos que os modelos mais caros são mais procurados, principalmente de marcas tradicionais. É algo natural, já que os clientes dessas marcas são os chamados “Early Adopters” e estão em busca da mais recente tecnologia em tudo o que compram.
A Mercedes-Benz sabe disso. No ano passado, a marca apresentou o EQS em sua versão AMG, o sedã-cupê EQS e os SUVs EQA e EQB. Com 14 concessionárias dedicadas aos modelos elétricos no Brasil, recebeu desde novos clientes que já estavam com outros elétricos de marcas concorrentes até seus fiéis compradores que decidiram entrar nessa onda. E isso vai aumentar com os novos EQE SUV e EQS SUV.
A Mercedes-Benz viu o quanto seus clientes gostaram da proposta do EQS e EQE, com muito luxo e tecnologia em preços de, hoje, R$ 1.399.900 e R$ 707.900, respectivamente, em suas versões AMG 53 e 300. Ao mesmo tempo, sabiam que os SUVs eram necessários, como acontece há anos com os GLC e GLE diante dos sedãs.
O EQE SUV chega ao Brasil na versão 300, como acontece com o sedã. Tem o motor no eixo traseiro, com 245 cv e 56,1, com um conjunto de baterias de 89 kWh (98 kWh brutos) em 10 módulos, que pelo Inmetro tem 367 km de autonomia, com uma capacidade de recarga de 22 kW em DC e 170 kW em AC. No pacote, o conjunto visual AMG Line, rodas de 21”, faróis inteligente e o eixo traseiro esterçante, sistema multimídia MBUX com a tela central de 12,8” e o sistema de som Burmeister.
Não é um SUV pequeno. O EQE mede 4.946 mm de comprimento, sendo 3.120 mm no entre-eixos. No porta-malas, capacidade para 430 litros e a lista de equipamentos inclui o pacote completo de assistências de condução e, com o sedã EQE 300 custando R$ 707.900, podemos esperar algo um pouco acima disso para o SUV.
O EQS SUV é maior, com 5.125 mm de comprimento, 3.210 mm de entre-eixos e até 7 lugares. Pode levar 645 litros (com 5 lugares) no porta-malas e se diferencia também pelo conjunto elétrico mais potente e baterias maiores que o EQE - por outro lado, não é um AMG, como o sedã, uma estratégia da Mercedes-Benz para o Brasil.
Para o Brasil, é a versão 450+, que também recebe o kit AMG Line, as rodas de 21”, faróis inteligentes e eixo traseiro esterçante. Também tem o motor traseiro, mas já com 360 cv e 57,9 kgfm alimentado por 12 módulos que totalizam 108,4 kWh (120 kWh brutos) para uma autonomia de 411 km já pelo Inmetro. Sua recarga em AC é de até 11 kW e, em DC, 200 kW. Este poderá chegar a R$ 1 milhão.
No México, tive um rápido contato com o EQE SUV e EQS SUV. Como esperado, trazem muitos elementos que conhecemos dos sedãs EQE e EQS, como as grandes telas no interior, o painel bem alto e um alto nível de acabamento e conforto ao rodar, com a adição do espaço interno mais amplo e altura de rodagem mais alta.
O acabamento é feito com materiais suaves ao toque e algumas curiosidades, como as pequenas estrelas da Mercedes-Benz no EQE. O painel é alto e abriga duas telas no EQE e três telas no EQS, como já vimos nos sedã. Sobre o desempenho, a entrega da grande dose de torque a qualquer momento é algo comum nos elétricos, mas os SUVs ainda entregam conforto e a modularidade do conjunto melhor que os sedãs.
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