BYD não está preocupada com investigação da UE sobre carros elétricos
Executivo da montadora chinesa fala em transparência e que continuará a expansão das operações na Europa
Recentemente, a União Europeia iniciou oficialmente uma investigação sobre subsídios irregulares na importação de veículos elétricos da China. Segundo informações, essa investigação pode se estender por até 13 meses, com a possibilidade de a União Europeia impor temporariamente "tarifas anti-subsídio" à China em nove meses.
No entanto, o vice-presidente executivo da BYD, Li Ke, declarou recentemente que, apesar da investigação da União Europeia sobre veículos elétricos chineses, a BYD continuará a impulsionar um crescimento sólido na Europa. Li Ke afirmou:
"Somos uma empresa de capital aberto e precisamos gerenciar nossos negócios de forma transparente e compartilhar informações de maneira aberta. Portanto, não estamos preocupados com qualquer investigação em andamento na Europa."
Galeria: BYD no Salão de Munique - IAA 2023
A novidade mais recente da BYD na Europa é o SUV elétrico BYD Seal U, modelo baseado no sedã Seal com até 500 km de autonomia e as tecnologias mais recentes da montadora chinesa que estará à venda nos principais mercados da região em 2024. Por lá, a marca já vende modelos como Dolphin, Seal e Atto 3 (Yuan Plus).
No terceiro trimestre deste ano, as vendas da BYD ficaram apenas ligeiramente atrás das da Tesla, onde a montadora chinesa atingiu 99% dos emplacamentos da empresa de Elon Musk durante o terceiro trimestre de 2023, uma aproximação nunca vista antes.
Lançamento do BYD Dolphin Plus em São Paulo (SP)
Sobre essa concorrência, Li Ke comentou que não busca rivalidade com a Tesla e até considera positivo o sucesso da empresa norte-americana, porque isso ajuda a impulsionar a mobilidade elétrica.
"Não estamos realmente interessados em competir com a Tesla quanto ao tamanho. Esperamos que a Tesla tenha muito sucesso, pois quanto mais sucesso eles tiverem, mais poderão ajudar as pessoas a entender a eletrificação."
No Brasil, também há resistência contra os carros elétricos chineses por parte da Anfavea e as montadoras representadas por ela. Diante disso, há pressão para o retorno da cobrança do imposto de importação para eletrificados no país, algo que pode atrapalhar a transição energética se for adotado de forma prematura.
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