EUA "alertam" México: Montadoras chinesas de carros elétricos geram apreensão
Montadoras como BYD já têm operações no país latino-americano e planejam produção local para entrar nos Estados Unidos
Com a transição para os carros elétricos, a indústria automotiva dos Estados Unidos se sente cada vez mais ameaçada pela China. As montadoras chinesas iniciaram sua destemida expansão global, olhando para mercados como Europa, Austrália e Brasil, mas não se engane, elas também têm planos para o México, e com isso poder alcançar toda a América do Norte.
Nossa edição InsideEVs EUA fez uma interessante apuração sobre as preocupações da indústria norte-americana com uma possível "invasão" de carros elétricos de marcas chinesas. Lembrando que os modelos "Made in China" ainda são escassos na maior economia do mundo, a não ser por alguns exemplares das marcas Volvo, Polestar e Buick.
Galeria: Volvo EX30 2025 (EUA) - estreia
Isso se deve, também, por conta do alto imposto de importação de 27,5%, que acaba barrando a vinda massiva desses modelos. No entanto, as principais montadoras da potência asiática já olham para o México como um futuro local de produção de veículos elétricos, e com isso a possibilidade de entrar nos Estados Unidos sem pagar imposto.
Preocupação com o México
Mas parece que os americanos não querem assistir de longe a chegada massiva de modelos chineses em seu mercado. Segundo o Financial Times, "Washington levantou preocupações com o México", já que BYD, MG e Chery estão ao sul da fronteira.
Segundo fontes, autoridades dos EUA levantaram questões sobre o investimento chinês de forma mais ampla em reuniões com autoridades mexicanas, que, por sua vez, reconheceram que precisam ser cautelosas ao considerar investimentos chineses por conta do risco de "incomodar" os EUA, seu principal mercado.
Galeria: BYD Seal
Vale lembrar que o México depende muito dos EUA, que é o destino de nada menos que 2/3 de suas exportações. Questionado se o acordo de triagem de investimentos poderia prejudicar as relações comerciais México-China, o ministro das Finanças mexicano, Rogelio Ramírez de la O, foi contundente.
"Nossa relação comercial e financeira com os EUA é completamente dominante", disse ele sentado ao lado de Yellen no Palácio Nacional. "Não é uma grande prioridade dedicar tempo a outros países que não os EUA."
As montadoras chinesas como BYD, Chery e Geely, só pra citar algumas das principais, têm planos ambiciosos de expansão global e o entendimento é de que as fábricas no México parecem inevitáveis. Agora vamos ver qual será o nível de protecionismo dos Estados Unidos para barrar a implacável concorrência chinesa.
Fonte: InsideEVs EUA
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