Renault: parceria com Xiaomi e Li Auto para carros elétricos e conectados
A exemplo de fabricantes como Stellantis e VW, francesa também quer se aliar aos chineses para novas tecnologias
Em um novo movimento estratégico, a Renault anunciou negociações com as fabricantes chinesas Xiaomi e Li Auto para firmar uma possível aliança tecnológica. Essa parceria, se concretizada, representa um passo crucial para a fabricante francesa em meio às crescentes tensões entre China e União Europeia, e as medidas protecionistas tomadas por esta última.
A aliança visa unir forças e compartilhar avanços tecnológicos em veículos elétricos e conectados. Para a Renault, que se encontra em desvantagem em termos de escala em relação aos seus principais concorrentes no continente europeu, Stellantis e Grupo Volkswagen, essa rede de parcerias se torna essencial para compensar essa diferença. Essa estratégia oferece à marca francesa maior agilidade na tomada de decisões estratégicas e em termos de pesquisa e desenvolvimento (P&D).
A Renault já possui um histórico de colaborações com diversas empresas, como Aramco, Geely, Google, Qualcomm, Nissan e Mitsubishi. Atualmente, a empresa também está em conversas com outros players importantes do setor, incluindo o próprio Grupo Volkswagen, que estuda a possibilidade de utilizar a plataforma AmpR Small do futuro Renault Twingo E-Tech (2026) em sua futura linha de carros elétricos urbanos com preço inferior a 20.000 euros.
Li Auto L9
A aproximação da Renault com Xiaomi e Li Auto representa mais um passo nessa direção de parcerias estratégicas. No momento, a natureza exata da colaboração ainda não foi definida, com diversas possibilidades em aberto. Uma delas seria a Renault utilizar soluções tecnológicas das gigantes chinesas em seus próprios modelos. Outra opção seria a utilização da expertise da Renault na produção dos veículos elétricos da Xiaomi e Li Auto em suas fábricas europeias, como rumores sugerem ter sido oferecido à Polestar.
A participação da Xiaomi no recente Salão de Pequim 2024 foi um grande destaque. O SU7, seu primeiro modelo de produção em série, um sedã elétrico, despertou grande interesse do público, com longas filas para vê-lo de perto. Vale ressaltar que a Xiaomi não se responsabiliza pela produção do SU7: apesar de ter liderado o desenvolvimento, a empresa de tecnologia se aliou à fabricante estatal BAIC para a montagem do veículo.
Ao se unir a empresas como Xiaomi e Li Auto, a gigante francesa espera fortalecer sua posição no mercado de carros elétricos e conectados, principalmente em um cenário de atritos nas relações Europa-China por conta da invasão de modelos chineses e acusações de subsídios injustos do governo chinês.
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