Sucessor do A3 e-Tron, o Audi A3 Sportback TFSI e chega ao mercado europeu com o novo visual da linha A3, inaugurado no início deste ano, e propulsão híbrida plug-in. O hatchback bastante popular da Audi muda de nome e evolui tecnologicamente.
Este modelo representa o passo seguinte em relação às versões híbridas leves já disponíveis naquele mercado e aqui o motor elétrico e a bateria têm um papel muito mais evidente, resumido nos dados de autonomia declarados no modo totalmente elétrico de 67 km. E embora ele ainda não tenha chegado ao Brasil, o que seria um opção interessante no portfólio, já foi avaliado pelos nossos amigos do Motor1.com Itália.
Confira abaixo as impressões ao dirigir nesse primeiro test drive.
O novo Audi A3 TFSI e é construído sobre a plataforma MQB Evo, que como o nome sugere é uma evolução da plataforma modular do Grupo Volkswagen também para permitir a construção de modelos eletrificados como este A3.
Que, a nível estético, não difere das outras versões a gasolina ou diesel, mantendo as linhas fortes e as superfícies altamente trabalhadas que estrearam em março com a última geração do Sportback.
A identidade da marca é garantida pela presença da grande grade frontal hexagonal (que ocupa praticamente toda a seção frontal) e pelos estreitos conjuntos ópticos. Elementos típicos da linha Audi, essenciais para o reconhecimento, mas que em alguns casos tornam o conjunto um pouco anônimo.
O habitáculo é extremamente sofisticado em termos de acabamentos e materiais. É absolutamente digitalizado no que se refere à aparência do quadro de instrumentos e do painel central, com os botões físicos reduzidos ao essencial.
Claro, ao primeiro olhar também pode ser confuso, mas uma vez habituado a ele, tudo está ao seu alcance. Com destaque para o Audi Virtual Cockpit, uma garantia de estar sempre em contato com o automóvel: configurável de acordo com os seus desejos, disponibiliza uma série de infográficos úteis para avaliar qual é o estado de pontualidade do sistema híbrido plug-in.
Quanto ao espaço interno, a liberdade de movimento para quem vai no banco de trás para dois adultos está acima da média da categoria, enquanto o volume do porta-malas teve a sua capacidade reduzida para 280 litros (em comparação com o A3 a gasolina e diesel) para ceder espaço às baterias.
Para começar, há uma comparação antes de fazer as devidas considerações: a versão 35 TFSI híbrida leve do A3 pesa 1.395 kg, enquanto o novo A3 TFSI e tem 1.635 kg, ou 240 kg a mais, na balança.
Claro, a parte mecânica não é exatamente a mesma. O modelo 35 está equipado com o motor turbo a gasolina 1.5 TFSI e, por outro lado, a cilindrada deste é de 1.4 litro. Obviamente, a bateria de 13 kWh é a maior responsável pelo aumento de peso, à qual se soma todo o conjunto eletrificado, que inclui também o motor síncrono de ímã permanente instalado dentro da caixa de câmbio S tronic de 6 velocidades.
Estamos falando de uma unidade que desenvolve individualmente 109 cv e 31,5 kgfm de torque, enquanto que no conjunto - ao combinar os dois motores - o A3 declara uma potência de 204 cv e um torque de 35,7 kgfm. A bateria, posicionada no assoalho, abaixo dos bancos traseiros, pode ser recarregada em uma tomada doméstica em cerca de 5 horas. E, de fato, a potência máxima de carregamento é de 2,9 kW em corrente alternada.
Como acontece com todos os carros com esta tecnologia, vale lembrar que para aproveitar ao máximo o potencial do sistema plug-in seria ideal ter sua própria estação de carregamento, a fim de rodar em modo elétrico na maioria dos deslocamentos curtos. Caso contrário, você corre o risco de ter um consumo extra. Dito isso, o contexto principal onde testamos o novo A3 TFSI foi obviamente o urbano.
Um ambiente que destacou uma excelente afinação da suspensão (McPherson à frente, multilink atrás). Certamente está comprometido com o conforto, mas nunca fraco demais para fazer a carroceria "flutuar". O silêncio absoluto é a regra, mesmo quando se trata de dirigir com o motor a combustão. O funcionamento do quatro cilindros é notado apenas em fortes acelerações.
Para mudar para o modo elétrico existe um botão dedicado, a partir do qual você pode decidir se prefere o modo híbrido ou aquele que preserva a carga da bateria. No entanto, esta parte é separada do Drive Select, que apresenta os modos Audi habituais, como Individual, Dynamic ou Comfort. Eles tendem a ser duas entidades distintas, mas quando você roda no modo EV, tudo se volta para a causa da economia de energia.
Nas áreas urbanas, em condições de tráfego relativamente suave, percorremos cerca de 3,5 km/kWh a uma média de 25 a 30 km/h. No geral, explorando plenamente o potencial do sistema híbrido - mas acima de tudo a carga total das baterias - a média ficou em torno de 25,3 km/litro e 5,4 km/kWh. Provavelmente com a bateria vazia os resultados teriam sido diferentes, mas o ponto de partida parece bom.
Este é apenas o ponto de partida, porque como dita a mais recente tradição da marca alemã, também para o A3 TFSI, uma versão ainda mais potente chegará ao mercado. Exatamente como acontece, a título de exemplo, no A6, A7, Q5 e Q7, nas respectivas versões TFSI e eletrificadas.
Assim, no decorrer de 2021, uma variante de 245 cv será comercializada (o número obviamente se refere à potência total), o que na verdade difere deste modelo por ter mais potência no item motor elétrico (é sempre o mesmo, porém mais potente). E será chamado A3 45 TFSI e.
A gama do novo A3 Sportback híbrido plug-in segue essencialmente a dos outros motores. Para além da versão de entrada, que começa nos 39.200 euros (R$ 246.000), são acrescentadas as versões Business, Business Advanced e S line edition.
Além das vantagens fiscais que a compra de um carro desse tipo acarreta, há muitas regiões que isentam de imposto os híbridos dessa categoria; e existem algumas fórmulas de compra específicas.
Tal como o aluguel de longa duração - 299 euros (R$ 1.875) mensais durante 3 anos para o Business Advanced - ou o empréstimo Audi Value com prestações de 199 euros (R$ 1.250) mensais (mesma versão). No final do período do contrato, você pode obviamente decidir se deseja substituir o carro, resgatá-lo ou simplesmente rescindir o contrato.
Enquanto o novo Audi A3 Sedan já está confirmado para o Brasil em 2021, o novo A3 Sportback e sua versão híbrida plug-in ainda é algo incerto para o país, ao menos por enquanto. Mas certamente seria uma opção interessante no portfólio.
Audi A3 Sportback plug-in 35 TFSI
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