A China é um gigante na indústria automotiva, sendo o maior mercado de carros do mundo, o que significa que tem força o suficiente para influenciar nas decisões das fabricantes. A enorme nação asiática é uma das razões pelas quais a Jeep (assim como outras marcas) estão começando a eletrificar os seus modelos - algo que irá afetar até mesmo o Brasil. Christian Meunier, chefe global da Jeep, disse à revista Car and Driver que a empresa planeja fazer o máximo possível de Jeeps elétricos.

Galeria: Jeep 4xe híbridos plug-in - CES 2020

Para começar, a Jeep irá lançar três modelos eletrificados: Compass, Renegade e Wrangler. Os três terão motorização híbrida plug-in e, como adiantado por Motor1.com, serão vendidos no Brasil a partir deste ano. Só os três já é metade da linha da marca. Podemos adicionar o Grand Commander PHEV, modelo lançado em novembro passado exclusivamente para a China. Nos anos seguintes, a fabricante pretende começar a vender variantes elétricos. O plano é que, até 2022, todo Jeep tenha uma variante híbrida ou elétrica.

Os entusiastas do off-road podem não gostar da ideia, mas Meunier deu declarações antes dizendo que um Jeep elétrico não será um modelo sem graça para quem fica nas cidades. No mês passado, o executivo afirmou que um Jeep EV seria "um dos melhores Jeeps já feitos". Parte da missão de Meunier desde que assumiu a marca tem sido focar mais em tecnologia e menos em amenidades. Adotar sistemas híbridos é o primeiro passo para um futuro totalmente elétrico.

Andar com um carro pelas trilhas sem fazer muito barulho pode parecer legal, mas convencer os entusiastas da marca sobre usar um modelo elétrico para fazer off-road pode ser o maior desafio da Jeep. Meunier diz que Estados Unidos, China e Europa são críticos no sucesso futuro dos carros elétricos. Se a China está fazendo com que as fabricantes produzam mais modelos elétricos, então ficará mais fácil aproveitar estes carros em outros mercados.

A China está taxando os carros de acordo com o tamanho do motor a combustão, o que faz com que modelos com motores grandes fiquem ainda mais caros para a classe média do país, atrapalhando as vendas. Já os híbridos e elétricos tem benefícios, o que ajuda a ficarem mais acessíveis aos clientes. A indústria está mudando e a Jeep, como muitas outras, está se adaptando.