Quando a Honda lançou o Clarity EV em 2017, dizia que ele seria o "primeiro veículo elétrico médio acessível." Apesar da esperança da fabricante com o sedã, ele não convenceu o público com sua autonomia de apenas 143 quilômetros vindos de seu conjunto de baterias de 25,5 kWh. O valor é pequeno demais comparado com outros elétricos já disponíveis no mercado norte-americano, e isso levou ao seu fim.
A publicação USA Today revela que a versão elétrica do Honda Clarity não será mais vendida, embora as variantes híbrida plug-in e movida a hidrogênio continuem por mais um tempo. Juntando os três tipos de motorização, o sedã teve 11.654 unidades vendidas em 2019 nos Estados Unidos, 42% menos do que no ano anterior. A variante mais popular é a híbrida plug-in, principalmente porque o modelo elétrico só estava disponível para locação nos estados da Califórnia e Oregon, enquanto o sedã com célula de combustível era limitado à Califórnia. O híbrido é vendido no país inteiro, com preço inicial de US$ 33.400 (cerca de R$ 157,8 mil).
O Clarity elétrico pecava em muitos aspectos. A Honda destacava que ele precisava de apenas 30 minutos para recarregar 80% de sua bateria. Porém, ao fazer as contas, os clientes percebiam que isso significava conseguir 114,5 km de autonomia. Além disso, mesmo com as baterias cheias, 143 km é muito pouco para os padrões atuais - até carros menores como Chevrolet Bolt e Nissan Leaf rodam por mais de 300 km.
O fim do Clarity é acompanhado por uma nova estratégia da Honda no mundo dos elétricos, com a chegada do pequeno hatch Honda e, vendido na Europa e que tem autonomia de 220 km. Até o momento, a marca japonesa não fala sobre novos modelos além do hatchback, mas com o a fabricante promete oferecer versões eletrificadas para todos os seus carros na Europa até 2025 e investir mais em elétricos, não deve demorar muito para que a Honda mostre um novo modelo. Quem sabe o próximo não seja um substituto do Clarity.
Fonte: USA Today, Green Car Reports
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