Considerada uma das montadoras mais avançadas do mercado no quesito eletrificação, a Volvo não demostra responsabilidade ambiental apenas nos sistemas de propulsão de seus carros. Conforme explica a marca, o ambicioso projeto estratégico de redução de gases poluentes inclui atuação também em outras frentes, como na área logística.

Prova disso é o aproveitamento da malha ferroviária europeia como canal de escoamento da produção de veículos das fábricas para os principais depósitos da empresa, em substituição ao transporte rodoviário feito por caminhões. Segundo a marca, a medida reduzirá as emissões de CO2 em quase 75% na rota entre a fábrica de Ghent, na Bélgica, e o depósito no norte da Itália, bem como quase 50% na outra rota que liga Ghent à Áustria.

Galeria: Volvo - Logística ferroviária

Esquemas logísticos semelhantes já são adotadas pela Volvo em outros países. Na China, por exemplo, há uma rota ferroviária que duas vezes por semana liga a fábrica de Chengdu com o porto de Ghent (mais de 9.830 km de distância) com vagões carregados de XC60. Na volta, o mesmo trem retorna à China com exemplares do XC90 e V40 produzidos na Europa. Outras conexões de trem entregam novos carros Volvo para depósitos regionais dentro da China e na Rússia.

Nos EUA, a fábrica de Charleston, na Carolina do Sul, também tem uma rede de carga ferroviária que leva carros novos para depósitos em cidades da América do Norte. Segundo a marca, esses trens substituem o equivalente a dezenas de caminhões por semana - número que provavelmente aumentará quando a próxima geração XC90 entrar em produção.

As iniciativas fazem parte da estratégia climática da marca para os próximos anos. A meta é reduzir a emissão de gás carbônico do ciclo de vida do carro em 40% entre 2018 e 2025, o que exigirá uma redução de 25% nas emissões operacionais, incluindo logística. É o primeiro passo para, em 2040, a empresa se tornar neutra no impacto ambiental climático.