Muitos dos principais mercados têm planos para interromper a venda de automóveis com motores de combustão interna nos próximos anos, inclusive o Brasil, que já tem um projeto sobre o assunto tramitando no Congresso. Mas se a China decidir banir a venda de carros tradicionais, a conversa fica mais séria. Porque aquele que está à sombra da Grande Muralha da China é simplesmente o maior mercado automotivo do mundo.
As autoridades do país asiático estão bem cientes de que tal decisão causaria grande turbulência em nível global, e talvez por isso estejam considerando uma solução intermediária mais complexa.
Aparentemente, a China está sendo estudado um regulamento que exige que metade dos carros vendidos em 2035 seja composta por veículos movidos a combustíveis alternativos. Mas o que isso significa?
O plano de Pequim é "orientar o mercado" de tal forma que em 15 anos metade dos carros vendidos seja elétrico, híbrido plug-in ou a célula de combustível, enquanto a outra metade ainda pode ter propulsão híbrido leve.
Olhando mais de perto, portanto, o que está em discussão é bem menos rigoroso do que o que está sendo verificado em outros países, embora tenha "mais peso" devido ao tamanho extraordinário do mercado envolvido. Mas também há um fato a ser considerado. Os híbridos elétricos e plug-in vendidos na China em 2019 representaram 5% do total. Isso deve chegar a 50% até 2035.
2019 | 2035 | |
Porcentagem de elétricos e híbridos plug-in vendidos na China | 5% | 50% |
Ao mesmo tempo, os carros com motor tradicional agora respondem por 50% do mercado. As autoridades locais estabeleceram que até 2030, 75% dos carros a gasolina terão que ser híbridos e que, até 2035, esse percentual deverá aumentar para 100%.
2019 | 2030 | 2035 | |
Porcentagem de carros a gasolina vendidos na China | 50% | 25% | 0% |
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