Algumas empresas são facilmente reconhecíveis pelos atributos de seus veículos. Infelizmente, isso também pode acontecer devido aos seus defeitos. Acompanhe o que Darren Palmer disse, por exemplo. Em uma entrevista ao Autoblog, o Diretor de Desenvolvimento de Produto Global da Ford para carros elétricos mencionou que os "pára-choques não caem do Mustang Mach-E e o teto não sai quando você o lava" e muito mais. Se alguém fez alguma conexão com algum concorrente, não foi ele. Foi você?
Se a sua resposta for "sim", é exatamente por isso que insistimos que as montadoras devem tomar medidas para proteger sua reputação. Já escrevemos várias vezes sobre isso e trouxemos situações que precisavam ser tratadas imediatamente pelas empresas envolvidas.
Palmer não ficou apenas nesses dois problemas. Ele também afirmou que as "portas do Mach-E se encaixam corretamente, os plásticos e outros materiais combinam com a pintura" e "as maçanetas não ficam presas quando está frio". O público norte-americano também reconhecerá muito bem essas descrições, talvez até com uma experiência pessoal sobre elas para compartilhar.
Por enquanto, o executivo está apenas dizendo o que espera do elétrico Mach-E. O que realmente vai depender da experiência dos clientes com o novo crossover elétrico. As palavras do executivo apenas refletem sua esperança de que o Mach-E não tenha problemas de qualidade relevantes. Para ser justo, a Ford teve sua cota de problemas com veículos com motor de combustão - como por exemplo a transmissão PowerShift.
O que a Ford pode dizer é que testou o Mustang Mach-E por milhões de quilômetros. Isso é o que você faz para tentar garantir que os veículos de produção sejam robustos o suficiente para que as pessoas não se preocupem em comprá-los. Mesmo assim, só teremos certeza disso quando os clientes começarem a falar sobre o carro.
Os problemas relatados por Palmer só chegaram ao nosso conhecimento depois que os compradores começaram a relatá-los. Em alguns casos, eles tiveram que enfrentar outros clientes das mesmas empresas, acusando-os de querer derrubar a imagem das montadoras quando estavam apenas procurando ajuda.
Nesse caso, está claro que o executivo da Ford foi elegante o suficiente para não dar nome a nenhum concorrente ao colocar essas questões. Também não mencionamos nenhuma outra montadora aqui para mostrar que realmente não era necessário. Mais do que uma preocupação para aquela empresa, é um alerta sobre o que deveria importar: controle de qualidade e uma melhor experiência para o cliente em vez de altos volumes. Altos números de vendas não devem ser uma meta, mas a conseqüência dos produtos que os merecem.
Fonte: Autoblog
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