Com carros elétricos, Jaguar quer ser rival de Porsche e Bentley

A Jaguar vai passar por um processo de reinvenção que significa bem mais que a transição para veículos elétricos. Sob o comando do novo CEO, Therry Bolloré, o objetivo da empresa é se tornar mais sofisticada e tentar rivalizar com a Porsche e a Bentley, e não mais insistir na disputa com a BMW e a Mercedes. 

Portanto, o plano agora é não apenas ser uma marca exclusivamente de carros elétricos a partir de 2025, uma meta que é muito ambiciosa por si só, mas também fazer veículos ainda mais exclusivos que manterão a empresa britânica lucrativa com volumes de vendas mais baixos. Therry Bolloré quer reinventar a Jaguar e explorar sua herança, mas sem fazer veículos de inspiração retrô que alguns descreveriam como pastiche.

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A marca Jaguar já foi reinventada no final dos anos 2000, logo após a aquisição pela indiana Tata Motors. Antes, sob o comando da Ford, a Jaguar fazia veículos com profunda inspiração retrô que remetiam a modelos de décadas passadas, enquanto sob a Tata (e com a ajuda de seu brilhante chefe de design Ian Callumn), a marca encontrou uma nova identidade como um fabricante totalmente moderno, cujas opções não se pareciam mais com os Jaguar mais antigos, mas ainda assim mantinham uma identidade visual clara.

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Com a nova reinvenção, a marca vai adotar uma abordagem semelhante ao que foi feito em 2008, quando a Tata assumiu. Eles vão querer tornar os carros modernos e de ponta, mas ao mesmo tempo torná-los inconfundivelmente Jaguar (e elétricos também); parece também que a Jaguar será lançada como uma rival da Aston Martin, oferecendo veículos na mesma faixa de preço, com valores que partem das 100.000 libras (cerca de R$ 680.000).

Também é importante notar que a Jaguar manterá todos os modelos atuais até o final natural de seu ciclo de vida - eles não serão descontinuados de forma prematura, mas ao mesmo tempo o XE, XF, E-Pace, F-Pace e I- Pace não terá um sucessor direto. Este último, o primeiro veículo elétrico da Jaguar, que recebeu ótimas críticas de muitos jornalistas automotivos, mas, assim como o resto da linha, falhou no que diz respeito às vendas.

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