Mercedes vai desistir dos carros híbridos: "caros e complicados"
Chefe de Desenvolvimento da Daimler, Markus Schäfer, anunciou que não haverá mais investimento para novos híbridos plug-in
Após apresentar uma verdadeira ofensiva de carros elétricos no Salão de Munique, a Mercedes-Benz irá encerrar o desenvolvimento de novos sistemas híbridos plug-in para seus veículos. Em sua fala no evento alemão, o Chefe de Desenvolvimento da Daimler, Markus Schäfer, explicou que não haverá mais investimento da empresa para esse tipo de propulsão.
O executivo deixou claro que não está previsto o desenvolvimento de novas tecnologias nesse campo. "Os investimentos já foram feitos, então estamos utilizando-os". Esse anúncio era de certa forma previsível. Não apenas para a Daimler, mas também para outros fabricantes europeus, pois a tecnologia híbrida plug-in é mais complexa e também mais cara de desenvolver.
Galeria: Mercedes-Benz Classe A 250e
O raciocínio é simples. Um veículo híbrido plug-in conta com duas unidades de propulsão, uma elétrica e outra a combustão, e fazer com esses sistemas trabalhem em conjunto será sempre mais caro e complexo do que desenvolver um carro exclusivamente elétrico.
Por outro lado, esse tipo de veículo ainda terá uma sobrevida de alguns anos. Fornecedores alemães como a ZF apostam para os próximos anos em híbridos plug-in com o dobro de autonomia no modo elétrico se comparado aos modelos atuais, onde os mais capazes podem rodar perto de 100 km sem gasolina.
Um bom exemplo é o Mercedes-Benz Classe A250e, um híbrido plug-in lançado no ano passado capaz de rodar até 73 km no modo 100% elétrico e que fez bastante sucesso com excesso de pedidos logo após o lançamento na Alemanha.
A Mercedes, por sua vez, continua focada nos carros elétricos: em 2022, a marca terá modelos 100% elétricos em todos os segmentos, enquanto que em 2025 todas as novas plataformas serão elétricas e o desenvolvimento e produção de baterias serão fortemente impulsionados na Europa. A marca alemã planeja vender somente carros elétricos a partir de 2030, com um porém: "quando as condições de mercado permitirem".
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Fonte: Motorpasion
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