A Hyundai está encerrando oficialmente o desenvolvimento dos motores de combustão interna. O adeus aos propulsores a gasolina e diesel acontece ao mesmo tempo em que a marca coreana concentra cada vez mais seus esforços nos carros elétricos.
Segundo a reportagem do site coreano Korea Economic Daily, o novo chefe de P&D da Hyundai, Park Chung-kook, confirmou por meio de um e-mail encaminhado aos colaboradores da empresa que a empresa está encerrando o desenvolvimento de novos motores:
"Agora, é inevitável converter-se em eletrificação. Nosso próprio desenvolvimento de motores é uma grande conquista, mas devemos mudar o sistema para criar inovação futura com base no grande ativo do passado."
O departamento que está encerrando sua trajetória fica em Namyang, na Coreia do Sul, e tinha a missão de desenvolver os motores da Hyundai desde 1983, ano em que o Chung Ju-yung, fundador do Grupo Hyundai, determinou que a marca coreana deveria produzir o seu próprio motor de combustão interna.
Essa área de motores térmicos conta com cerca de 12.000 colaboradores, que gradualmente estão sendo transferidos para a área de desenvolvimento de sistemas de propulsão para carros elétricos.
"Pesquisadores da unidade de design do motor mudaram-se para o centro de projeto de eletrificação, deixando apenas alguns para modificar os motores existentes. O centro de desenvolvimento do sistema powertrain está se transformando em um centro de testes de eletrificação, enquanto o centro de desenvolvimento de desempenho do powertrain está se tornando um centro de desenvolvimento de desempenho de eletrificação."
E essa notícia surge poucos dias após o CEO da Hyundai, CEO Jaehoon Chang, reafirmar o compromisso com a eletrificação, anunciar mais investimentos e um cronograma mais acelerado para o lançamento e vendas de carros elétricos. Por exemplo, a estimativa para 2026 é emplacar nada menos que 1,7 milhão de veículos elétricos a bateria (sem considerar os modelos a células de combustível a hidrogênio), um salto sobre a estimativa anterior, que não chegava a um milhão de unidades.
Na ocasião, a Hyundai falou em encerrar o desenvolvimento de novos motores a combustão, mas ainda não havia dado detalhes, o que fica mais claro agora.
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