A GM tem um discurso muito claro sobre a transição energética. E nesse estratégia, o foco é nos carros elétricos, sem deixar espaço para os modelos híbridos ou mesmo híbridos plug-in, o que foi reforçado nos últimos dias pelo presidente da montadora norte-americana.
O plano estratégico da GM é centrado nos modelos 100% elétricos e tem metas ambiciosas para os próximos anos, apoiado em sua arquitetura Ultium, desenvolvida internamente, e também na força da marca Chevrolet, que colocará no mercado a partir dos próximos meses uma série de modelos zero emissão, como Equinox EV, Blazer EV e Silverado EV, entre outros mais adiante.
Em entrevista ao Business Insider e falando especificamente da Europa, Reuss criticou de forma clara a abordagem de outras montadoras na região, que ainda se apoiam nos carros híbridos. Na mesma ocasião, ele aproveitou para desmistificar alguns pontos sobre os carros elétricos.
O pensamento de Mark está bem alinhado com a posição de Mary Barra, CEO da GM, que está promovendo uma transformação gigantesca na cadeia produtiva da montadora nos Estados Unidos, modernizando e adaptando linhas de produção para veículos elétricos e investindo de forma pesada em giga fábricas para a montagem de baterias por meio de parcerias.
Em termos práticos, o volume de vendas de carros elétricos dentro da marca é baixo, mas se o plano for executado dentro do previsto, veremos uma guinada nos próximos 2-3 anos com a chegada de vários lançamentos ao mercado. A linha eletrificada da GM ainda não é lucrativa, mas a empresa prevê que a partir de 2025 ela passará a ser rentável.
No caso do nosso mercado, já estão confirmados os modelos Blazer e Equinox elétricos, que serão lançados entre 2023 e 2024. E ainda que o mercado norte-americano seja o motor principal da eletrificação dentro da marca, a GM destaca que o Brasil tem capacidade tecnológica e produtiva, podendo, inclusive, se tornar um dos polos de produção de carros elétricos no futuro.
Sobre os desafios da mobilidade elétrica, como a infraestrutura de carregamento e provimento de energia elétrica, o executivo destacou que a GM está atuando em várias frentes, citando a tecnologia V2L, que permite a transferência de energia entre veículos e a rede.
Mas voltando à questão elétricos ou híbridos, o tema é tratado de forma diferente pelas principais montadoras. A exemplo da GM, a Volkswagen também aposta suas fichas nos veículos elétricos, sem passar pelos híbridos. Mas do outro lado estão as montadoras japonesas como a Honda e, principalmente, a Toyota, que sustentam uma transição 'multi energia', com elétricos, híbridos e a hidrogênio.
Falando do Brasil, os eletrificados respondem por cerca de 2,5% de participação de mercado, um número ainda baixo, mas que segue em crescimento constante. No entanto, a maioria esmagadora das vendas do segmento são de híbridos convencionais.
Fonte: HibridosyElectricos
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