A Tesla termina o ano com um bom resultado de vendas. Não apenas de carros, mas de pacotes opcionais que podem ser "baixados" mesmo em modelos mais antigos. A fabricante norte-americana divulgou que já vendeu 285 mil unidades do pacote adicional de condução autônoma.
Não chega a ser o número de 1 milhão projetado há algum tempo por Elon Musk, mas é ainda um número considerável. Mais alto do que muitos analistas previam. Considerando que cerca de 1,5 milhões de veículos nas mãos de consumidores podem receber o "download", significa que quase 20% dos proprietários decidiram investir uma grana extra no recurso.
O pacote de condução autônoma completa (Full Self Driving), que por enquanto só é vendido nos Estados Unidos e Canadá, custa 15.000 dólares (R$ 79.200 em conversão direta), evoluiu ao longo dos anos e ganhou algumas características e também eliminou outras. No entanto, no final da sua tortuosa viagem de atualizações "over the air", irá (pelo menos, é essa a promessa) proporcionar uma condução totalmente autônoma.
De momento, quem compra o pacote tem acesso ao Beta de do sistema de condução autônoma completa, que já tem assistência avançada de condução, mas ainda requer a supervisão do condutor, que o fabricante especifica ser ainda responsável pela condução e sempre pronto a assumir o controle do carro em situações perigosas.
Enquanto se espera para ver o "Full Self Driving" na sua versão final, pergunta-se se esta tecnologia continuará a ser chamada assim no futuro. A Califórnia, de fato, acaba de aprovar uma lei que protege os consumidores e obriga os fabricantes e concessionários de automóveis a darem informações precisas sobre o funcionamento dos sistemas de ajuda à condução, para que os clientes não acreditem que o automóvel possa conduzir sozinho quando, de fato, não é permitido.
Como é frequentemente o caso, a Califórnia antecipa leis e regulamentos que são depois adoptados por outros estados dos EUA. Um dos questionamentos é justamente sobre uma eventual necessidade de se mudar o nome, uma vez que o "Full Self Driving" sugere que o sistema seja capaz de atuar completamente sozinho. Na Alemanha, Tesla já foi a tribunal sobre o mesmo assunto e ganhou. Mas o Velho Continente é uma coisa, os Estados Unidos da América é outra.
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