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BMW não cobrará taxa para liberar mais potência em carros como Mercedes

Caminho não será seguido pela marca bávara, mas isso por questão meramente burocrática - e econômica

BMW i4 M50 - movimento

Ainda estamos no início da era em que as montadoras oferecem algumas funções e serviços em seus carros mediante pagamento de assinatura. Sim, isso já acontece com a Mercedes-Benz com seus veículos elétricos, por mais que para muitos seja um tanto difícil aceitar a ideia de ter que pagar para desbloquear alguma função ou até liberar mais potência em seu carro. Por outro lado, a rival BMW deverá seguir outro caminho.

Hoje a Mercedes-Benz já oferece programas de assinatura nos Estados Unidos para alguns modelos, liberando mais potência para os sedãs elétricos EQE e EQS, por exemplo, tudo isso por meio de atualização over-the-air (OTA) via internet. Já a BMW aparentemente não deverá seguir nessa mesma estratégia, mas isso por questão de aumento de custos para a marca bávara, ao menos quando tratamos de aumento de potência em seus propulsores elétricos, já que por outro lado a mesma BMW cobra mensalidade para ativar a função de bancos aquecidos na Coreia do Sul.

BMW iX exterior

De acordo com informações do BMW Blog, durante a feira de tecnologia CES 2023, Frank Weber, chefe de desenvolvimento técnico da BMW, confirmou que a marca bávara não tem a intenção de oferecer atualizações de desempenho via internet para seus futuros carros elétricos (ao menos por enquanto), mas, em geral, a fabricante não vê problemas em fazê-lo. A questão mais complicada é que, caso a BMW faça essa alteração nos valores de potência de um carro à venda no mercado, teria que relatar essas alterações para as autoridades reguladoras.

Com isso na prática a BMW não quer perder tempo e dinheiro com essas atualizações de potência em seus EVs pois, toda vez que liberasse tal potência para um carro de cliente, teria que comunicar as autoridades e fazer uma espécie de “nova homologação” para o veículo com a potência alterada. Ou seja, seria um processo repetitivo e oneroso para a montadora. Podemos apostar também que os custos dessas assinaturas não seriam suficientes para cobrir as despesas geradas para a regulamentação destes carros.

Galeria: BMW iX3 (2022)

Caso no futuro não seja encontrada uma solução para deixar esse processo mais rápido e menos custoso, é certo que a potência dos BMW elétricos permanecerá sempre a mesma. Como comentamos no início desta nota, a Mercedes-Benz já oferece tal aumento de potência em veículos da família EQ, isso mediante assinatura mensal de US$ 1.200 nos Estados Unidos. Esse pacote de assinatura está disponível somente na terra do tio Sam, pois na Europa a marca da estrela de três pontas enfrenta questões legais que a impede de lançar sua assinatura por lá.