A bateria é crucial na fabricação do veículo elétrico e as grandes montadoras mundiais se movimentam para garantir os insumos necessários à sua produção. Nesse cenário, a GM, uma das que mais investem na transição energética, avançou na rodada de negociações para uma participação na spin-off de metais básicos da mineradora brasileira Vale.
Segundo a apuração da Bloomberg, a GM está em discussões avançados com a gigante da mineração para uma participação minoritária em seus novos negócios, com o objetivo de complementar seu fornecimento de níquel e metais para baterias EV.
Vale destacar que a Vale é a maior produtora global de minério de ferro e níquel, com contratos de fornecimento já firmados com a Tesla, Northvolt e a própria GM. No entanto, a demanda do mercado de veículos elétricos é cada vez maior e a empresa pretende aproveitar esse movimento para expandir seus negócios.
Trata-se de um negócio muito promissor para a mineradora, que verá um aumento de 50% na demanda de níquel e um crescimento de 29% na demanda de cobre por ano, considerando os veículos elétricos e o avanço da transição energética e infraestrutura para energias renováveis até 2030.
Durante o Vale Day 2022, realizado em dezembro, a Vale disse que estava em negociações avançadas com potenciais parceiros de "alto perfil", aqueles com "profunda experiência em transição de veículos elétricos", e procurou finalizar um acordo até o primeiro semestre de 2023.
Essa notícia surge logo após a GM anunciar um investimento de até US$ 650 milhões na Lithium Americas para ajudar a criar a mais extensa fonte de lítio conhecida nos EUA, ao mesmo tempo em entra na fase segunda fase da sua ofensiva de veículos elétricos, que terá vários lançamentos no mercado a partir dos próximos meses.
Nesse intervalo, chegarão ao mercado modelos como o Chevrolet Blazer EV e Equinox EV, ambos com lançamento confirmado também no Brasil a partir deste ano. Outra novidade é a picape elétrica Silverado EV, sem contar os modelos de outras marcas da GM, como GMC e Cadillac.
Este projeto de matérias-primas para baterias tem como objetivo dar suporte à produção anual de 1 milhão de veículos elétricos a partir de 2026.
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