Desde que foi apresentado ao mundo, o Alfa Romeo Giulia foi sucesso de crítica tanto pela imprensa especializada quanto pelos seus felizardos donos, sobretudo na versão esportiva Quadrifoglio Verde e suas derivações. Mas agora a linhagem Giulia vai seguir um novo caminho: o da eletrificação, deixando de ser um sedã esportivo para se transformar em um SUV 100% elétrico, cuja potência pode chegar aos 1.000 cv.

Assim, o novo Alfa Romeo Giulia será um dos modelos dentro da nova estratégia da marca italiana, que passará a fazer apenas veículos elétricos a partir de 2027, abandonando totalmente os motores a combustão. Vale lembrar também que o novo Giulia será um dos primeiros carros do grupo Stellantis a ser feito com base na plataforma modular STLA Large, arquitetura já pensada para elétricos que fará sua estreia no Dodge Charger Daytona em 2024.

Alfa Romeo Giulia Veloce

De acordo com o site britânico da Autocar, o novo Giulia vai manter tanto o sistema de direção quanto o de suspensão do Giulia atual, que é bastante elogiado por sua dinâmica, assim herdando componentes da plataforma Giorgio embora o novo carro será feito no futuro na moderna STLA Large. O Giulia atual sedã é feito com base na plataforma Giorgio, assim como o Stelvio e o atual híbrido plug-in Tonale. Essa base é datada de 2015 e foi lançada ainda na época da FCA sob a liderança de Sergio Marchionne.

Voltando a falar do Giulia SUV 100% elétrico, a publicação afirma que o novo modelo terá potência na casa dos 350 cv nas versões de entrada, podendo chegar a 800 cv em sua versão Veloce. Porém, a cereja do bolo será a versão esportiva Quadrifoglio Verde, essa com quase até 1.000 cv, assim podemos esperar por ao menos três motores elétricos. Atualmente, o sedã Giulia mais potente com V6 biturbo Ferrari entrega seus 510 cv. 

Alfa Romeo Tonale Veloce - fábrica

Alfa Romeo Tonale

Além disso, o novo SUV eletrificado vai utilizar um moderno sistema elétrico de 800 volts, que poderá ser recarregado de 10% a 80% em apenas 18 minutos. O CEO da Alfa Romeo, Jean-Philippe Imparato, adiantou ainda que a autonomia ficará em nada menos do que 700 km pelo ciclo WLTP. Esse alcance é para que os clientes donos de carros a combustão o vejam como um substituto real e não um modelo pior ou uma mudança forçada.

"Não queremos que você passe horas carregando seu carro”, revelou ainda o executivo. E acrescentou: "Vamos mudar para um modo de substituição real e concreto. Não quero que vocês [clientes/proprietários] sofram nada [por causa] da troca; eu quero que vocês amem isso".

O que podemos dizer é que a transição para ser uma marca 100% elétrica será bem rápida para a Alfa Romeo, já que seu primeiro modelo EV será lançado em 2024 e apenas três anos depois será uma fabricante exclusivamente de elétricos. E a mudança rápida para a eletrificação tem motivo: continuar existindo. Imparato fez questão de enfatizar a importância de um programa de eletrificação rápida para a Alfa. "Nós mudamos porque precisamos". Caso contrário, a Alfa Romeo estaria morta", disse.