Os preços cobrados por carros elétricos compactos deverão cair e alcançar patamar de igualdade com os valores praticados em veículos a combustão de mesmo porte até meados desta década, disse recentemente a Agência Internacional de Energia. De acordo com o órgão, a equiparação financeira acontecerá em mercados da Europa e da América do Norte e será acompanhada de importante crescimento nas vendas de EVs.

Segundo previsões, as vendas de carros elétricos em todo o mundo aumentarão 35% este ano e alcançarão cerca de 14 milhões de unidades. Dessa forma, representarão 18% do mercado de automóveis de passeio, muito acima dos parcos 4% registrados em 2020.

Opel Corsa-e - Avaliação

"Nossa expectativa atual é que possamos ver paridade de preços em carros elétricos de pequeno e médio porte nos mercados da América do Norte e da Europa em algum momento em meados da década de 2020", disse o chefe de política de tecnologia energética da IEA, Timar Guel.

Já para carros maiores, como SUVs e picapes, o executivo disse que o mais provável é que a paridade de preços aconteça mais tarde, provavelmente na década de 2030.

Peugeot e-208 (2023)

Maior mercado de elétricos do planeta, a China ocupa lugar de destaque nas perspectivas anuais da IEA. Nas previsões do órgão, o país será responsável por comprar metade dos veículos eletrificados de todo o mundo, incluindo carros totalmente elétricos e híbridos plug-in. O país também experimentará a paridade de preços entre veículos elétricos e tradicionais rapidamente.

A IEA destaca também os Estados Unidos no setor, especialmente depois que a Lei de Redução da Inflação, implementada pelo governo Biden, passou a conceder generosos subsídios para compradores de carros elétricos.

No Brasil, a diferença de preço entre carros elétricos e a combustão equivalentes ainda é grande, mas seguirá uma trajetória de queda nos próximos anos. Por aqui, a variação já é bem menor no segmento premium, onde alguns modelos elétricos já podem ser considerados mais atrativos em termos de custo de aquisição.