As vendas de carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in no Brasil bateram um novo recorde em agosto de 2023, e desta vez por ampla margem. Foram 9.351 emplacamentos, um avanço de 25% sobre o recorde anterior de julho e 120% na comparação com agosto do ano passado, segundo o levantamento mensal realizado pela ABVE.
Com isto, o mercado nacional de eletrificados (HEV + PHEV + BEV) segue a linha de crescimento acelerado, se aproximando da marca de 10.000 unidades mensais. Para efeito de comparação, nos primeiros oito meses de 2023, foram 49.052 emplacamentos de eletrificados leves, praticamente o resultado total do ano passado (49.245).
Outro destaque é a participação dos modelos híbridos e elétricos, que atingiu o recorde histórico de 4,75% do total de emplacamentos de veículos leves no mercado doméstico no mesmo período (196.878 – Fenabrave) - em julho, o market share foi de 3,5%, e apenas 2,19% em agosto do ano passado.
Passando aos modelos plug-in, os eletrificados que vão na tomada (BEV + PHEV), os números também são interessantes, com sua participação superando pela primeira vez a dos eletrificados não plug-in (HEV), com 52% das vendas, contra 48%.
Nesse segmento, o destaque fica por conta das montadoras chinesas BYD, GWM e Caoa Chery, que tem impulsionado as vendas com vários lançamentos de carros elétricos e híbridos plug-in e anúncios de novos investimentos em produção ou ampliação de instalações no Brasil.
Vendas de eletrificados plug-in em agosto:
No acumulado de janeiro a agosto de 2023 foram 49.052 emplacamentos de veículos eletrificados, 76,37% de aumento na comparação o mesmo período de 2022 (27.812).
Ricardo Bastos, presidente da ABVE, comemorou os resultados de agosto, mas lembrou que ainda há muito trabalho pela frente para o país se aproximar dos principais mercados globais em eletromobilidade.
“Esses números são importantes, pois consolidam todo um ecossistema de mobilidade elétrica pautado pela inovação e pelo desenvolvimento tecnológico” – disse. “Eles mostram que a eletromobilidade é irreversível também no Brasil”.
“Ainda assim, temos de aperfeiçoar o ambiente regulatório e tributário em todos os níveis de governo para reforçar a confiança do consumidor e dos investidores”.
“Nosso objetivo é assegurar um crescimento sólido e de longo prazo do transporte elétrico no Brasil, em sintonia com as demais rotas tecnológicas sustentáveis. Por isso, defendemos uma Política Nacional de Eletromobilidade” – concluiu Ricardo Bastos.
Como referência, nos principais mercados europeus e asiáticos, a participação de carros elétricos e híbridos plug-in já supera 20% do total em alguns países, com mais de 30% no caso da China, o maior mercado de veículos elétricos do mundo por ampla margem.
Fonte: ABVE
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