Após longa negociação, a Ford e o Governo da Bahia assinaram nesta quarta-feira (4), o contrato para reversão da fábrica de Camaçari para o Estado da Bahia, o que permitirá a utilização imediata do imóvel pelo estado, segundo comunicado divulgado pela montadora norte-americana.
A chamada "reversão" havia sido anunciada pela Ford em agosto, e logo depois confirmada pelo governo da Bahia. Na ocasião, ficaram pendentes questões sobre o ressarcimento da oval azul pelo estado. Conforme já anunciado, a chinesa BYD irá assumir o que restou da planta e iniciar a construção de suas instalações de mobilidade elétrica.
A BYD tem um projeto que comportará três unidades de produção: uma para carros elétricos e híbridos, outra para à montagem de baterias e por último uma dedicada a montagem de caminhões e ônibus elétricos. Segundo Alexandre Baldy, conselheiro e porta-voz da BYD, a ideia é utilizar os prédios deixados pela Ford, mas o layout será todo modificado e o tamanho das instalações ampliado - o investimento total previsto é de R$ 3 bilhões.
Com início de operações previsto para o final de 2024, o cronograma de produção na fábrica de carros elétricos em Camaçari (BA) foi postergado para o começo de 2025 por conta de questões burocráticas e legais, segundo relatado.
O lançamento da pedra fundamental da fábrica na Bahia está marcado para o próximo dia 9 de outubro, com a presença do CEO global da BYD, Wang Chuanfu, e alto escalão da montadora. Segundo o que foi informado até o momento, a produção tem meta inicial de 150.000 unidades por ano, número que pode avançar para 300.000 veículos quando a unidade estiver em pleno funcionamento.
Os primeiros modelos a serem produzidos em Camaçari serão o BYD Dolphin, carro elétrico urbano que foi lançado no país no final de junho e já bateu recordes de emplacamentos, se tornando o mais vendido do país, e o BYD Song Plus, SUV híbrido plug-in lançado no final do ano passado.
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