A Stellantis está otimista com as vendas de carros elétricos na Europa e Estados Unidos. De acordo com o CEO Carlos Tavares, o grupo automotivo já está "no azul" com relação aos veículos elétricos vendidos nessas regiões.
Conforme relatado pelo Automotive News, o executivo falou sobre os custos de carros elétricos e a necessidade de baixar o preço final para atrair os consumidores de classe média. Nesse ponto, o desafio é equilibrar preços acessíveis e margens de lucro viáveis para as montadoras.
"Essa é uma equação que você só pode resolver se reduzir o custo, e é nisso que somos razoavelmente bons", disse ele durante uma conferência da Goldman Sachs.
Falando de participação de mercado, Tavares disse que a Stellantis está batendo de frente com a Tesla pelas vendas de carros elétricos na Europa. Como trunfo, o grupo automotivo está apostando pesado no novo Citroën e-C3, com preço de 23.300 euros (R$ 123.000), afirmando que ele será um elétrico lucrativo.
"O fato de tentarmos continuamente nivelar as margens entre elétricos e a combustão não é novo. Estamos trabalhando nisso há vários anos, e eu diria que estamos obtendo resultados", disse Tavares.
"A primeira coisa é que estamos no azul, tanto nos EUA quanto na Europa. Nossas margens em veículos eletrificados estão no azul. Isso é bom. Estamos fechando a lacuna em relação ao combustão mais rapidamente na Europa do que nos EUA porque começamos mais cedo, mas estamos obtendo resultados e vemos que tudo isso será empolgante."
Do outro lado do mundo, aqui no Brasil o passo é mais lento, mas a Stellantis já começa a falar em eletrificação no país. O grupo confirmou a produção nacional dos primeiros modelos eletrificados na fábrica de Goiana (PE) em 2024: anunciou que as tecnologias Bio-Hybrid, que associam eletrificação com motorização flex e a etanol, além dos 100% elétricos a bateria serão totalmente desenvolvidos e produzidos pela empresa mais adiante no Brasil.
Parte do plano global Dare Forward 2030, que prevê a descarbonização total das operações e produtos da empresa até 2038, e uma redução de 50% das emissões de CO2 já em 2030, a adoção das plataformas Bio-Hybrid e BEV (Battery Electric Vehicle) permitirá ao grupo acelerar o lançamento de modelos híbridos, híbridos plug-in e elétricos.
Fonte: Automotive News
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