A BYD está conquistando espaço no mercado automotivo japonês, tradicionalmente dominado pela Toyota. A fabricante chinesa, que lançou seu primeiro carro elétrico no país em janeiro de 2023, já detém quase 3% do mercado de EVs do Japão no primeiro semestre de 2024.
Apesar da queda de 7% nas importações gerais de veículos no Japão, o segmento de elétricos segue em alta. As importações de veículos elétricos subiram 17% no primeiro semestre, respondendo por quase 10% do total. A BYD liderou esse crescimento, com aumento de 184% nas importações de seus carros de passeio elétricos.
Além do BYD Atto 3 (Yuan Plus no Brasil), seu primeiro modelo lançado no Japão, a BYD trouxe outros EVs de sucesso, como o Dolphin e o Seal. Este último chega ao mercado japonês por ¥ 5,28 milhões (cerca de R$ 181.000) e se posiciona como concorrente do Tesla Model 3, enquanto o Atto 3 é um SUV elétrico de baixo custo, iniciando em pouco menos de US$ 30.000 (R$ 150.000). Já o Dolphin, que compete com o Toyota Prius e o Nissan LEAF, tem preço inicial de US$ 24.500 (R$ 124.000).
90 concessionárias
Apesar de um recuo nas vendas no último mês, a BYD subiu do 19º para o 14º lugar na lista de importadoras de automóveis do Japão. Para impulsionar os números, a empresa aposta em novos modelos e planeja lançamentos anuais no país. Até o final de 2024, a BYD pretende quase dobrar o número de concessionárias, passando de 55 para 90. A meta para 2025 é vender 30.000 veículos no Japão e consolidar sua presença no mercado dominado pela Toyota.
Vale lembrar que a estratégia da BYD é não oferecer modelos híbridos plug-in no mercado japonês, se concentrando nos totalmente elétricos, exatamente o ponto fraco das marcas locais.
Ainda assim é um movimento ousado, mas que pode se tornar uma preocupação para as grandes montadoras japonesas, sobretudo Honda, Toyota e Nissan, que ainda estão abaixo em termos de volumes de produção e oferta de carros elétricos.
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