Geely considera fábrica na Europa em resposta a tarifas entre UE e China
Montadora está em negociações com a Polônia para uma fábrica de elétricos
A montadora chinesa Geely está explorando locais para uma fábrica na Europa, mas ainda não se comprometeu totalmente com a construção de uma unidade de produção na região, disseram executivos da empresa.
"Não é 100% certo ainda", disse Li Chuanhai, vice-presidente do Geely Auto Group, uma das marcas do Zhejiang Geely Holding Group, ao ser questionado se a montadora construiria uma fábrica na região.
Geely Galaxy L7
Estão em andamento negociações entre a Geely e o novo governo da Polônia sobre uma fábrica conjunta de veículos elétricos no país, mas autoridades disseram à Reuters no início deste ano que não viam a chinesa como o parceiro ideal.
"Temos muitas possibilidades", disse Li em 11 de setembro ao ser questionado sobre as negociações, recusando-se a fornecer mais detalhes.
A Geely é a segunda maior montadora da China em vendas, ficando atrás apenas da BYD no ano passado. A empresa é dona da Volvo, tem uma joint venture com a Renault e detém participações na Aston Martin e na Mercedes-Benz.
No dia 11 de setembro, a empresa inaugurou uma base em Frankfurt onde planeja testar 13 chamados 'novos veículos de energia', um termo usado no mercado automotivo chinês para híbridos, carros elétricos e carros movidos a hidrogênio, para avaliar seu desempenho e conformidade com os padrões de certificação europeus.
A Geely se junta a um número crescente de montadoras chinesas, incluindo Chery e GWM, que estão planejando a instalação de fábricas locais na Europa, à medida que a Europa planeja barreiras comerciais mais rígidas para a importação de veículos elétricos da China, incluindo tarifas de até 35,3%, sobre as quais estão em andamento negociações com Pequim. Nicolas Appelgren, CEO da Geely na Europa para a marca Lynk & Co, disse que a Geely está buscando locais em toda a região.
A Lynk & Co, que atualmente vende apenas um modelo híbrido na Europa, lançará um carro elétrico na Itália em outubro, mas planeja fabricar seu próximo carro elétrico na Europa, disse Appelgren, acrescentando que ainda não há um cronograma específico.
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