O mercado automotivo brasileiro está passando por uma transformação profunda, impulsionado também pela crescente demanda por veículos elétricos e híbridos. De acordo com um levantamento da Logcomex, especialista em soluções para o comércio global, as importações de carros elétricos no Brasil registraram um aumento vertiginoso de mais de 560% no primeiro semestre de 2024, comparado ao mesmo período do ano anterior, atingindo a marca de US$ 1,2 bilhão.
Esse crescimento exponencial é resultado de diversos fatores, entre eles os altos preços dos combustíveis fósseis, a introdução de novas tecnologias com baterias de maior autonomia e carregamento mais rápido, e os incentivos oferecidos por diversos estados brasileiros, que visam estimular a adoção de veículos mais sustentáveis.
China emerge como líder indiscutível:
A China consolidou sua posição como principal parceiro comercial do Brasil nesse segmento, fornecendo mais de 52% dos veículos elétricos importados no primeiro semestre de 2024. A gigante asiática tem se beneficiado de sua robusta indústria automotiva, com uma oferta cada vez mais diversificada de modelos e preços competitivos.
Outros destaques do estudo:
A recente aprovação do Programa Mover, que visa estimular a produção e a compra de veículos mais sustentáveis, deve se tornar um catalisador para o crescimento do mercado de veículos eletrificados no Brasil. O programa oferece incentivos fiscais e linhas de crédito para a indústria automotiva, além de promover a pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias.
"A ascensão da China como principal parceiro comercial do Brasil no setor automotivo é um reflexo direto da competitividade e inovação da indústria chinesa, além de uma estratégia de mercado que responde à crescente demanda por veículos eletrificados", afirma Helmuth Hofstatter, CEO da Logcomex.
Apesar dos desafios, o mercado de carros elétricos no Brasil está em plena expansão, com um futuro promissor. A crescente demanda por veículos mais sustentáveis, aliada à oferta diversificada de modelos, impulsionam essa transformação. A China, com sua indústria robusta e preços competitivos, se consolida como o principal parceiro comercial do Brasil nesse segmento.
No entanto, o país precisa acelerar o passo e avançar para o estágio de produção de carros elétricos e híbridos, baterias e demais componentes localmente. Tal medida exigirá um esforço coordenado da indústria, cadeia de fornecedores e governo, mas ajudará a colocar o Brasil no mapa global dos veículos de novas energias.
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