O Hyundai Ioniq 5 tem design estiloso, carregamento de 350 kW, interior versátil e inúmeros apetrechos tecnológicos, desde o visor com função de realidade aumentada até a carga bidirecional e um teto solar: o novo carro elétrico da Hyundai parece ter alcançado o melhor dos mundos. Nossos colegas do InsideEVs Alemanha conheceram o novo Ioniq 5 e nos trazem as primeiras impressões. Confira!
Foi um contato de quase duas horas com o carro. A Hyundai colocou à disposição a versão topo de linha do Ioniq 5, de tração integral, bem na minha frente. Esta variante tem um motor de 70 kW na dianteira e um motor de 155 kW na traseira, que entregam juntos 225 kW (306 cv) - em outras palavras, potência pra caramba, tanto quanto as versões de tração nas quatro rodas dos carros elétricos do Grupo Volkswagen.
Dirigi o Ioniq 5 parcialmente em trecho rodoviário: o impulso do carro é decente, mas não te faz colar no banco. Entretanto, esta pode ser apenas uma primeira impressão; além disso, o modo de condução Normal estava ativado - no modo Sport o pedal do acelerador reage mais prontamente. Pelo menos a aceleração não perde fôlego acima dos 100 km/h, o que é comum em carros elétricos menos potentes.
Caso contrário, há borboletas atrás do volante com as quais você pode ajustar a intensidade da regeneração. Há três modos, mais um modo de condução com um pedal, que a Hyundai chama de i-Pedal. Ele funciona muito bem, antes do semáforo você simplesmente solta o acelerador e o carro freia gradualmente até parar. Meu modo preferido para a cidade.
A suspensão pareceu um pouco áspera e até mesmo dura em irregularidades. Quando comentei sobre isso com o assessor da Hyundai, ele disse que o último jornalista tinha mencionado que a suspensão era suave. Pode ter sido apenas uma resposta evasiva, mas ele também poderia estar se referindo ao comportamento em curvas. E por enquanto não posso afirmar nada com propriedade com base nas estradas em que dirigi.
Se você olhar para o Hyundai Ioniq 5 com base nas fotos oficiais, pode ficar com a impressão de que o modelo é um hatchback. Nossa comparação de tamanho com um Volvo XC60 mostra que realmente se trata de um SUV:
O Ioniq 5 tem puxadores de porta embutidos. Eles se abrem quando você os toca, infelizmente não tão rápido o quanto você se aproxima com a chave no bolso.
Para dirigir, você gira um interruptor na coluna de direção. O modelo de pré-produção disponibilizado ainda apresentava problemas eletrônicos perceptíveis. Por exemplo, o modo de condução freqüentemente mudava sozinho de D para P. Além disso, os modos de regeneração às vezes não 'aceitavam' ser ativados. Bem, de qualquer forma ainda há algum tempo até o lançamento no mercado, em meados do ano.
A versão de topo testada possui uma bateria de 73 kWh; mas ainda não sabemos qual é a autonomia declarada. É provável que esteja ligeiramente abaixo da faixa máxima declarada do Ioniq 5, que foi anunciado como algo entre 470-480 quilômetros. Meu consumo de energia após pouco mais de 40 km rodados foi de 17,7 kWh/100 km. Um valor que seria suficiente para percorrer uma distância aproximada de cerca de 410 quilômetros.
Gostaria de ter testado a recarga do Ioniq 5, mas a primeira estação de carregamento que tentei chegar pelo sistema de navegação não existia, a segunda (bem na frente da BMW-Welt) aparentemente só serve para os funcionários da BMW e a terceira estava localizada em uma área da MINI.
Mas, apesar disso, há algo muito melhor: uma curva de carga completa para o Ioniq 5 incluindo uma análise. O resultado: o tempo de carga declarado pela Hyundai de 4,5 minutos para recuperar uma autonomia de 100 quilômetros é realista, e a potência média de carga na importante faixa de 20 a 80 por cento está em torno de 150 kW - o que é rápido de verdade.
O famoso Ioniq 5 tem duas telas, uma bem ao lado da outra, que, ao contrário da Mercedes, não 'fingem' ser uma única tela 'widescreen'. Fomos conquistados pela excelência do funcionamento dessas telas. Os gráficos também são claros e o sistema é extremamente intuitivo.
Entre os apetrechos tecnológicos realmente úteis do Ioniq 5 estão as imagens da câmera que aparecem quando a seta é ativada; elas aparentemente eliminam os pontos cegos:
Os bancos dianteiros podem ser bem reclinados, de modo que você pode facilmente tirar uma soneca no Ioniq 5 - embora não tivéssemos tempo para fazer isso. Para ativar a função, pressiona-se um botão no ajuste elétrico do assento, depois o assento se retrai automaticamente e inclina o encosto para trás. O que não é muito intuitivo é que você tem que apertar o botão não uma vez, mas duas vezes seguidas. Isto foi revelado pelo assessor da Hyundai, pois sozinhos dificilmente teríamos descoberto essa função. As configurações de climatização também não são muito intuitivas.
O espaço na parte traseira pode ser ajustado até um certo limite, pois os assentos deslizam longitudinalmente. Na posição mais recuada, o espaço para os joelhos, no meu caso, com 1,76 metro de altura, é formidável, e o espaço para a cabeça também é bom.
O porta-malas também parece espaçoso e altamente aproveitável. No entanto, fiquei decepcionado com o pequeno compartimento dianteiro, também chamado de "frunk". Ele só pode ser usado como um local oculto para objetos de valor ou para os cabos de carregamento, para os quais existe, naturalmente, também um espaço sob o base do porta-malas traseiro.
Há também uma tomada elétrica sob os bancos traseiros, que provavelmente é um bom lugar para carregar seu notebook em viagens mais longas.
O carro também tinha teto solar, que pode ser usado para ampliar a autonomia. Infelizmente, a energia que está sendo gerada no momento não é exibida, o que seria interessante. Pelo menos a energia acumulada pode ser acessada na tela sensível ao toque.
Outra característica é o head-up display com função de realidade aumentada. O sistema, com setas direcionais azul-esverdeadas indicando para onde virar, parece ser idêntico ao AR-HUD da VW. Aparentemente funciona bem e eu não notei nenhuma lentidão.
No fim das contas o Hyundai Ioniq 5 entrega muito do que promete - o que é admirável. Fiquei muito entusiasmado com o carro, o que é algo raro. E saí com a sensação de que o novo carro elétrico realmente está repleto de alta tecnologia.
Os mais pragmáticos podem dizer: "Não preciso disso". Mas eu, como "técnico", gosto muito de todos os itens tecnológicos do Ioniq 5, como a função de realidade aumentada ou a imagem do retrovisor na câmera quando se ativa a seta.
Não cheguei a testar o maior destaque do carro, o carregamento de 350 kW. No entanto, pessoas mais familiarizadas já o fizeram: nossa análise de recarga mostrou que a Hyundai é até conservadora na divulgação, porque a bateria poderia ser recarregada de 10 a 80 por cento em apenas 18 minutos.
O porta-malas bastante aproveitável, o amplo espaço na traseira e a ótima versatilidade no interior também merecem elogios.
E o 'pelo em ovo'? Bem, vamos supor que as pequenas inconsistências eletrônicas ainda serão corrigidas até a estreia do carro no mercado. Fora isso, restam algumas críticas em termos de uma interface mais intuitiva, por exemplo, no caso das configurações de climatização, ativação do modo de relaxamento e talvez das maçanetas das portas. Em que pese isso, o Hyundai ganhou 'nota A'.
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Hyundai Ioniq 5 73 kWh AWD
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