Já dirigimos: Mercedes EQA, o SUV elétrico compacto irmão do GLA
Após o EQC, a Mercedes está lançando o EQA, o elétrico mais acessível da marca
Logo após a apresentação do Mercedes-Benz EQA, a Mercedes convidou os jornalistas para um test drive em seu novo carro elétrico. Nossos amigos do InsideEVs França estiveram no evento e passaram um dia ao volante do chamado 'Mercedes GLA elétrico'.
Nesse primeiro contato foi possível testar o Mercedes EQA na cidade, na rodovia e em algumas estradas vicinais na região das cidades francesas de Annecy e Aix-Les-Bains. E o que eles acharam do novo SUV elétrico? Confira as primeiras impressões abaixo:
Galeria: Mercedes EQA - impressões
O que é?
O teste começa em Lyon, no estacionamento da estação Saint-Exupéry. Vários EQAs estavam à nossa espera e escolhemos um EQA 250 AMG na cor branca. À distância, o SUV parece mesmo com o GLA, mas em um contato mais próximo, o EQA exibe uma aparência diferente que o associa à família de carros elétricos EQ.
Na dianteira, nos deparamos com a grade fechada na cor preta, faróis conectados por uma faixa de luz e um para-choque mais refinado do que a versão básica com falsas entradas de ar que remetem aos modelos Mercedes-AMG. Na parte traseira, o EQA difere do GLA graças à sua faixa de luz em LED.
No passado, os fabricantes fizeram todo o possível para tornar o design dos carros elétricos radicalmente diferente, com vários graus de sucesso. Esse tempo já passou e os não habituados provavelmente não conseguiriam distinguir entre o EQA e GLA, no caso. Eles nem perceberão que o EQA é um carro elétrico, embora isso seja rapidamente denunciado pela ausência de ruído do escapamento.
Vida à bordo
No cockpit, não procure por algo a mais, o interior do EQA é estritamente idêntico ao do GLA. Não é pior, porque o irmão a gasolina pode ser considerado bom nesse quesito - além de estético, é perfeitamente ergonômico. Comandos bem posicionados e o uso das diferentes funções é bastante prático e intuitivo. Gostamos muito do interior com painel digital e sistema de informação e entretenimento com interfaces simples e fáceis de usar. Os gráficos são soberbos e os menus não sofrem de nenhum bug, pelo contrário, são muito fluidos! Destaque para o comando de voz "Hey Mercedes" que nos pareceu muito avançado.
Este contato não nos permitiu identificar nenhuma falha digna de nota no interior do EQA, exceto por alguns plásticos não muito agradáveis ao toque e aquelas laterais das portas que incomodam um pouco os joelhos (se você é do tipo que descansa os joelhos nesta parte). Além disso, o porta-malas de 340 litros nos pareceu um tanto limitado - a Mercedes teve que fazer concessões para acomodar as baterias e componentes sob o assoalho.
Como anda?
É hora de pegar a estrada e, como acontece com todos os carros elétricos, a partida é silenciosa e suave. Inicialmente, com uma bateria completa de 66,5 kWh, a autonomia indicada é de 368 km. Tivemos que percorrer 150 km para chegar ao nosso primeiro destino, ou seja, um intervalo antes da linha de chegada após mais 218 km.
Acontece que gastamos mais energia do que o esperado. De fato, boa parte do nosso percurso foi feito em rodovia com o rádio e o ar condicionado ligados. Ao nos aproximarmos de Aix-les-Bains, também saímos da rodovia para pegar estradas secundárias bem menos entediantes, o que nos forçou a mudar para o modo Sport e acelerar o EQA de forma mais dinâmica.
No final desta primeira parte da viagem, notamos um consumo médio de 21 kWh/100 km. É óbvio que é possível consumir menos. Os 18 kWh/100 km não nos parecem inatingíveis adotando uma tocada mais comedida. Assim, um alcance real de 360 km não é ilusório (a Mercedes anuncia autonomia de 399-426 km de acordo com o ciclo WLTP combinado).
Tipo de carga | Potência | Tempo de carregamento (10 a 80%) |
---|---|---|
Tomada doméstica | 2,3 kW | 30 horas |
Wallbox e estações de carregamento públicas | 11 kW | 5h45 |
Estações de carregamento rápido | 100 kW | 30 minutos |
Como todos os Mercedes da linha EQ, o EQA tem a particularidade de deixar o motorista livre para escolher a intensidade da frenagem regenerativa (freio motor). Basta 'brincar' com as abas no volante para aumentar (D- e D--) ou diminuir a força da frenagem regenerativa (D ou D+) para otimizar a autonomia. A Mercedes adiciona o modo D Auto que permite ao carro ajustar automaticamente a potência de regeneração de acordo com a situação.
A topografia é um dos parâmetros levados em consideração, por exemplo, ao descer uma ladeira, o carro aumentará automaticamente a potência regenerativa para recuperar o máximo de energia possível. Às vezes é preferível ajustar manualmente porque o carro tende a superestimar (velocidade muito baixa ao entrar em uma curva) ou subestimar (a passagem de lombadas a 30 km/h) a força de frenagem necessária.
Existem também vários modos de condução, desde o modo econômico ao modo esportivo (sem esquecer o modo individual). No modo eco, pisar no acelerador tem muito pouco efeito: o carro fica muito 'preso'. É mais aconselhável em rodovia, porque na cidade e nas estradas de pista simples, muitas vezes é necessário mais potência para sair de um acesso ou entrar em uma rotatória, por exemplo.
O SUV elétrico da Mercedes muda completamente no modo esportivo. Torna-se muito mais ágil, talvez até um pouco demais. Basta encostar o pé no pedal para fazer a frente levantar. Embora o 0 a 100 km/h seja alcançado em 8,9 segundos, isso não reflete a agilidade do carro, pois os 38,2 kgfm de torque estão disponíveis instantaneamente - a velocidade máxima é de 160 km/h.
Confortável na maior parte do tempo, este SUV elétrico oscila em um movimento de rolamento nas curvas mais fechadas (peso de 2.040 kg) e, frequentemente, os pneus dianteiros cantam ao sair de uma curva (a pista estava molhada durante o teste). Dito isto, é divertido e dinâmico de conduzir, proporcionando muita diversão ao volante.
Quanto custa?
O Mercedes EQA 250 na configuração que testamos custa 58.249,99 euros (R$ 372.100), mas é possível adquirir um por muito menos. No lançamento, a Mercedes está comercializando uma edição limitada de 300 exemplares tabelada a 44.900 euros (R$ 286.800). Dá direito ao bônus de 7.000 euros (6.000 euros a partir de 01/07/2021), ou seja, um preço final de 37.900 euros (R$ 242.200).
Na versão de entrada, o EQA 250 custa 47.900 euros (€ 44.900 após dedução do bônus de € 3.000). Um degrau acima, encontramos o modelo Business (€ 48.600 e € 45.600 após o bônus) e, em seguida, a Linha AMG sai por € 49.900 (€ 46.900 após o bônus). Em breve, a Mercedes vai lançar o EQA 350 4Matic (292 cv) que se beneficia de motores duplos (dianteiro e traseiro) e tração nas quatro rodas 4Matic.
Pontos positivos | Pontos negativos |
---|---|
Design interno e tecnologia | Alguns plásticos são desagradáveis ao toque |
Prazer em dirigir | Alto peso |
Autonomia adequada para este tipo de veículo | Tempo de carregamento (excluindo estações rápidas) |
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Mercedes-Benz EQA 250
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